No AMAZÔNIA:
O medo da violência que atravessa o muro do colégio fez com que pais, alunos, professores e moradores da área da Escola Estadual de Ensino Médio e Fundamental Professor Nagib Coelho Matni, dessem início a coleta de assinaturas pedindo mais segurança a Secretaria de Estado de Educação (Seduc). O documento, que já conta com 500 adesões, também será encaminhado ao Comando Geral da Polícia Militar.
Situada no conjunto Ariri Bolonha, na rua Dom Pedro, no bairro Sideral, a escola foi palco de um assalto no último dia 28, quando bandidos armados invadiram a unidade de ensino e fizeram alunos réfens, enquanto realizavam um arrastão pela escola. Segundo pais de estudantes, após o ocorrido, a direção da instituição não quis se pronunciar sobre o assunto. 'A direção da escola está sendo omissa para com a comunidade, pois, vários episódios de violência já aconteceram dentro da escola. Porém, a direção não toma providência alguma', disse o pai de um aluno que não quis se identificar.
Antes mesmo do arrastão ocorrido no mês passado, parentes de alunos dizem que outras situações de violência já aconteceram dentro da instituição, como tentativa de estupro dentro dos banheiros, briga entre alunos, furtos e, até mesmo o pagamento de pedágio dentro da unidade, cobrado por alunos integrantes de gangues que exigiam dinheiro para deixar os colegas terem acesso aos banheiros e as merendas escolares.
Segundo denúncia da comunidade escolar, os bandidos que invadiram a escola no dia 28 de outubro continuam à fazer ameaças. Um pai de aluno disse que os bandidos passam em frente à casa dos alunos e os ameaçam de morte. 'Os pais e os alunos estão vivendo em um clima de medo, mas a escola não deu nenhuma assistência à comunidade, depois do que aconteceu', disse o pai.
A comunidade se queixa, também, que antes haviam alguns seguranças pelo turno da tarde na escola, porém, agora não há em nenhum dos turnos, sendo que a instituição funciona nos períodos da manhã, tarde e noite. Outra reclamação dos pais de alunos, é que os muros da instituição são muito baixos, portanto, propícios a entrada de marginais. Além disso, os pais dizem que não há a figura do inspetor de alunos trabalhando na escola, deixando-os com total liberdade e, consequentemente, à mercê da violência.
No abaixo-assinado, a comunidade escolar pede que a Seduc tome providências em relação à escola Nagib Matni e, também, que seja reativado o PM box que existe atrás da escola. Ontem, a comunidade se reuniu para debater os problemas e para buscar mais assinaturas.
A direção da escola Nagib Matni foi procurada pela reportagem, mas não houve pronunciamento da instituição. Em nota, a assessoria da Seduc disse apenas que 'o policiamento escolar já retornou à instituição. A direção da Nagib Matni também já encaminhou solicitação de reforma do muro à rede física da Seduc. Sobre a possível cobrança de ‘pedágio’ por marginais dentro da escola, a direção desconhece a informação e promete investigar o assunto', informou.
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