sábado, 21 de novembro de 2009

Luiz Omar e o efeito bumerangue de sua bicuda

Luiz Omar Pinheiro, o boquirroto presidente do Paysandu, devolveu com uma bicuda a bicuda que recebeu de Sua Excelência o deputado Robgol.
Mas a bicuda de Luiz Omar é daquelas que têm o efeito bumerangue: se atingem o bicudado, também depõem contra o bicudador.
Robgol bicudou Luiz Omar sob o argumento de que ajudou na aquisição do placar eletrônico para a Curuzu, pretendeu inaugurá-lo num amistoso, mas o cartola, na percepção do deputado, não aceitou a marcação da partida por motivações políticas.
Robgol disse mais.
Disse assim:

“Há alguns meses consegui alocar R$ 110 mil para a instalação de uma academia na Curuzu. Posteriormente, o presidente Luiz Omar me pediu para usar esse dinheiro na reforma da concentração e eu concordei. Mas até agora, infelimente, isso não foi feito. E para piorar fiquei sabendo que usaram parte dessa verba, uns R$ 50 mil, para pagar uma premiação aos jogadores.”

Pronto.
Aí, Luiz Omar se apresenta na grande aérea – ou na zona perigosa, como diriam os coleguinhas – e diz o seguinte:

“Quando o deputado conseguiu o dinheiro da tal emenda, eu disse a ele que não faria uma academia na Curuzu porque não acho que seja algo necessário para o Paysandu. Mas daí a falar em desvio de verba é outra coisa. Se há algum desvio aqui no Paysandu é do dinheiro que sai do meu próprio bolso para pagar as contas do clube. Enquanto isso, ele (Róbson) só usa dinheiro público para ajudar o clube”.

Vejam só.
Luiz Omar revela três coisas.
Primeiro, é mal agradecido.
Segundo, tem uma ética, digamos, circunstancial.
Terceiro, confessa uma prática que tem ajudado a manter o futebol paraense no nível em que se encontra.
Luiz Omar é mal agradecido porque, de qualquer forma, aceitou a ajuda de Robgol e não retribuiu.
Tem uma ética circunstancial porque, se tem restrições ao uso de dinheiro público para ajudar clubes de futebol, deveria ter recusado de pronto a proposta de Robgol para ajudar o Paysandu.
E confessa uma prática predadora porque cartolas jamais, nunca, em tempo algum deveriam “pôr dinheiro do próprio bolso” para ajudar os clubes que dirigem. Deveriam, sim, despender o melhor de seus esforços para adotar métodos de gestão profissionais. Se fizessem isso, o futebol paraense não estaria como está.

2 comentários:

Anônimo disse...

Tem outra, e talvez mais grave: se o dinheiro público tinha uma finalidade, a academia, e foi utilizado para outra coisa, significa desvio de dinheiro público.

CODEB disse...

O que realmente importa nisso tudo, é que a verba de R$110.000,00(cento e dez mil reais), saiu dos cofre da Assembleia Legislativa, ou seja, o sr. Juvenil concede recursos públicos para o senhor Robgol, promover bebedeiras nos finais de semana pelo interior do estado, depois do futebolzinho...
Robgol, deve estar chateado pq o sr Luiz Omar, nao deve ter dado o retorno padrão ao deputado que prometeu lutar pelo esporte e pelas criancinhas... o me respondam o que este falso deputado importado fez pelo Pará?
Que vergonha!
Alô ministério público, os senhores estão no mínimo sendo omissos