domingo, 8 de novembro de 2009

Fazendeiros acusam MST de semear o "terror"

No AMAZÔNIA:

Continua tensa a situação dentro das fazendas pertencentes à Agropecuária Santa Bárbara, localizadas no sul paraense. Na madrugada de anteontem, segundo informações de representantes da agropecuária, trabalhadores rurais sem-terra (MST) ocuparam três dos cinco retiros da fazenda Espírito Santo, que integra o complexo de fazendas da Santa Bárbara, em Eldorado do Carajás. Retiros são as áreas das propriedades em que ficam as casas dos trabalhadores e onde são realizadas todas as tarefas agropecuárias. Pelo menos cem funcionários tiveram que ir embora.
Segundo a assessoria de comunicação da Santa Bárbara, após a situação que ocorreu na fazenda Maria Bonita, na última quarta-feira (quando houve depredação de instalações físicas e imagens foram divulgadas), os trabalhadores rurais do MST passaram a 'aterrorizar os funcionários por outros meios', segundo informou a assessoria de comunicação. De acordo com a Agropecuária Santa Bárbara, não ocorreram mais depredações ou agressões. 'A tática agora é usar terror psicológico. Os integrantes do MST ficam escondidos em instalações próximas aos retiros, e de madrugada começam a bater em portas e janelas, atiram para o alto e fazem ameaças. Isso causa pânico entre os funcionários, que estão indo embora'.
O diretor da Agropecuária Santa Bárbara, Rodrigo Otávio de Paula, relatou que o MST ocupou os retiros Seita Coré e Baixa da Égua, na fazenda Espírito Santo. 'Agora, eles (MST) ameaçam tomar os retiros Sete Estrelas e Castanhais. Este último é onde está concentrada a central do complexo de fazendas Espírito Santo. É o local com maior número de funcionários, máquinas, oficinas, escritórios', frisou.
Segundo Rodrigo, a ocupação dos trabalhadores sem-terra resulta em grande prejuízo, já que são pelo menos 25 mil cabeças de vaca, e nesta época do ano, estão nascendo 200 bezerros diariamente. 'Além da invasão e do terror em si, eles roubam e matam os gados, depredam. E não há nenhuma segurança para todas as famílias que trabalham nas fazendas', denunciou.
O diretor disse ainda que, desde o episódio da quarta-feira, vem solicitando proteção policial para as áreas em crise. 'A tropa de choque enviada para a região em momento algum foi até as fazendas que vivem essa situação de terror. Rodrigo contestou a afirmação da governadora Ana Julia Carepa, quando disse acreditar que as ações de vandalismo supostamente promovidas por integrantes do MST nas fazendas podem ter sido financiadas por grupos ruralistas interessados em desestabilizar a administração estadual, insatisfeitos com o programa de recadastramento rural realizado pelo Estado. 'Essa afirmação da governadora é, no mínimo, insana. Qual fazendeiro ou ruralista que depredaria seu próprio patrimônio? Essa foi uma maneira que a governadora encontrou de esconder a ineficiência do Estado para manter a ordem pública', disse.

Um comentário:

Mauro Leal disse...

o MST é uma quadrilha organizada, financiada pelos governos Estadual e Federal, é muita cara-de-pau da Ana Júlia ficar inventando estórias esfarrapadas para defender esse bando!!!