Égua grávida agoniza até a morte sem socorro

No AMAZÔNIA:

Uma égua agonizou durante horas às margens da rodovia BR 316 na manhã de ontem. O animal, que segundo informações iniciais foi atropelado no km 23 da rodovia, em Benevides, foi socorrido por moradores que tentaram, sem sucesso, durante toda a manhã, acionar autoridades que pudessem prestar socorro. A égua, que teve uma das patas dilaceradas e perdia muito sangue, só foi removida por volta das 12 horas em um caminhão de uma fábrica de cerveja.
De acordo com a advogada Maria de Jesus da Silva Bentes, várias testemunhas disseram que a égua foi atropelada por um caminhão por volta das 6 horas de anetontem, e que houve omissão de socorro. 'Várias pessoas me contaram no local que policiais rodoviários federais foram até o local do acidente e que não fizeram nada em relação ao animal. Poderiam ter acionado o Corpo de Bombeiros. Além disso, a égua estava grávida e muito ferida e corria para o meio da pista o tempo todo, o que poderia ter ocasionado acidentes graves na pista. Por isso, foi muito grave a atitude dos policiais', criticou a advogada, que é dona de um abrigo de animal abandonado chamado 'Casa da Tuti'.
Maria de Jesus conta que por volta das 12h30, policiais da Delegacia de Meio Ambiente (Dema) foram até o local e informaram quem o animal deveria ser levado para a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), onde já estava tudo acertado para o atendimento. Mas ao chegar ao local, a faculdade estava fechada. Bombeiros e a advogada, que acompanhavam o animal, resolveram levá-lo para o Centro de Zoonoses, onde o porteiro disse, denuncia ela, que a unidade não poderia fazer o atendimento do animal porque ele tinha vindo de outro município (Benevides). Minutos depois, os Bombeiros detectaram que o animal estava morto.