domingo, 15 de novembro de 2009

Área é invadida no Tapanã

No AMAZÔNIA:

Cerca de 200 pessoas ocuparam, à meia-noite de ontem, o terreno onde funcionava o antigo Clube dos Trabalhadores da Petrobras, localizado no bairro do Tapanã. Eles reclamavam que a área está abandonada há mais de dois anos e, por esse motivo, tem servido de esconderijo para bandidos. Além disso, ainda de acordo com os moradores do bairro, nos últimos dois anos, três corpos foram encontrados no local. O protesto de ontem foi pacífico. Os manifestantes desocuparam a área por volta das 10 horas, após a chegada da polícia e da promessa do governo de agendar uma reunião para discutir o assunto. Entretanto, os moradores afirmam que, se nada for feito, voltarão a invadir o terreno.
'Sentamos com o pessoal da Casa Civil mês passado. Eles prometeram resolver o problema mas, até agora, nenhuma resposta foi dada', disse o líder comunitário Marcos Pereira, uma das pessoas que liderava a manifestação, promovida por várias comunidades do bairro do Tapanã.
Segundo Marcos, existe um projeto que prevê a construção de uma área esportiva no terreno. Mas os recursos destinados às obras, ainda de acordo com o manifestante, foram transferidos para o município de Ananindeua. 'A área é dos Associados da Petrobras, que fizeram um acordo para que o governo tomasse conta do terreno durante 20 anos', alegou o líder comunitário.
Ele conta que a área foi invadida várias vezes por pessoas vindas de outras localidades. 'Não podemos permitir isso. Esse é o único terreno que a gente tem para construir alguma coisa para as pessoas do bairro', argumenta. Os moradores reclamam também que o terreno tem sido utilizado como esconderijo de criminosos. 'Já foram encontrados três corpos no local', afirma Marcos.
De acordo com o cabo E. Silva, da Ronda Tática Metropolitana (Rotam), cerca de 20 policiais se dirigiram ao local para controlar os manifestantes. 'Eles se retiraram logo. Só queriam a presença da imprensa para que fosse tomada alguma decisão. Não houve qualquer tipo de confronto', garantiu.
A reportagem entrou em contato, no final da manhã, com a assessoria de imprensa da Casa Civil, mas até o início da noite não obteve resposta.

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