No AMAZÔNIA:
Na quarta-feira passada as diretorias de Paysandu e Clube do Remo chegaram a um acordo e acertaram um amistoso de encerramento de temporada. O RexPa será realizado dia 13 de dezembro, no Mangueirão, e será a oportunidade dos dois times mostrarem à torcida seus novos reforços. Antes disso, as duas equipes terão testes no interior do estado. Para o Leão Azul será uma tentativa de redenção. Desde o último amistoso do time, o empate por 2 a 2 em Belém com o Gavião Kyikatejê, que a desconfiança passou a grassar entre os torcedores.
Desde que jogou mal contra a equipe marabaense os amistosos desapareceram e alguns ex-dirigentes que estavam afastados há muito do clube ensaiaram uma ajuda ao futebol profissional. Foi apenas um ensaio. Quando chegou na hora do 'vamos ver' não apareceu viva alma e a diretoria teve que se virar sozinha. Os contratados vieram e devem chegar mais ainda até o clássico.
O time continua invicto, é fato. Mas os 14 jogos sem perder em nada servem de alento ou forma de otimismo para os torcedores. Até porque, de fato, a única vez que puderam ver a equipe em ação durante 90 minutos foi justamente no empate em Belém. Na ocasião, o zagueiro Pedro Paulo, que na época era o mais experiente do elenco, afirmou não entender o motivo das críticas. 'Não entendo porque as críticas dessa forma. Realmente não tivemos uma boa atuação, mas mantivemos a invencibilidade, que é algo que tem que ser levado em consideração.'
O grande perigo, e isso é válido para os dois lados, é um mau resultado colocar novamente o perdedor em xeque. E isso independe de uma boa atuação. Não são raros os casos de, num clássico, um time dominar totalmente as ações e o adversário sair de campo vencedor. Por mais que exista esse risco, os azulinos encaram isso com naturalidade e não veem perigo algum. 'Em minha opinião será um teste espetacular. As duas equipes terão a oportunidade de fazer um avaliação mais detalhada do material humano que têm em mãos. De lá será possível ver se mais contratações serão necessárias', disse o presidente Amaro Klautau. 'Não encaro como um risco. É uma boa oportunidade para ser ver o time em ação', completa o técnico Sinomar Naves.
Entre os jogadores, a expectativa do começo da semana era por um amistoso com a Tuna Luso e o final foi com a certeza que o adversário será o maior rival. O discurso é de que pouco importa o adversário, e sim a forma como o Remo deve jogar. Eles sabem que o time ficou muito a dever desde a última vez que a torcida da capital os viu em ação.
'A gente tem que encarar esses jogos com naturalidade. Contra os índios nós deixamos muito a desejar e a torcida não está acreditando na equipe. Agora chegamos novos jogadores e espero que saia esse amistoso contra a Tuna Luso ou outros em Belém', comentou o volante Ramon antes de saber que o adversário seria o Papão. 'A gente tem que dar uma resposta para a torcida. Ela quer ver o Remo jogando bem e com competitividade. Tomara que todos os jogadores estejam em condições para entrar em campo', completou o jogador.
'Ainda estamos longe do nosso potencial. Acredito que o time esteja na metade do caminho. Quando começar o Campeonato Paraense estaremos bem melhor', Ramon
O lateral direito Levy sabe o quanto um novo amistoso em Belém pode ser importante para a autoestima do grupo, para a permanência de muitos jogadores para o ano que vem e até para que outros tenham os contratos renovados.
'Trabalhamos em cima da possibilidade de um amistoso bom em Belém. Independente disso temos que nos preparar forte para a esse começo de temporada. Se for realizado um amistoso será muito bom, principalmente por causa de quem está chegando agora. Terá que ser uma resposta não só para a torcida e sim para nós mesmos. Tínhamos condições de vencer aquele jogo e o resultado foi muito ruim. Depois do empate fomos alvo de muitas críticas, então temos que mudar essa imagem', observou Levy.
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