sábado, 7 de novembro de 2009

Cerca de 3% dos paraenses apresentam deficiência auditiva

Cerca de 3% da população paraense apresentam deficiência auditiva. Os dados foram apresentados nesta sexta (06), durante as conferências do Fonoped-2009, que a Sociedade Paraense de Pediatria e a Associação de Fonoaudiólogos do Estado do Pará promovem até este sábado, no Computer Hall, em Belém. O evento reúne especialistas do Brasil, México e Argentina, que têm discutido estratégias para garantir um crescimento e desenvolvimento satisfatório das crianças da região amazônica.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 42 milhões de pessoas com idade acima de 3 anos são portadoras de algum tipo de deficiência auditiva. No Brasil, esse número supera os 15 milhões de indivíduos, sendo que 350 mil pessoas são totalmente surdas.
Para mudar esse quadro, a doutora em Distúrbios da Comunicação Humana pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Selma Anequini, defendeu, durante conferência sobre saúde auditiva, hoje, 6, no Fonoped-2009, ações de atenção básica à gestante e a implantação de serviços de triagem neonatal nas maternidades, para que a deficiência auditiva possa ser diagnosticada o mais cedo possível.
De acordo com a fonoaudióloga, sem o serviço de triagem auditiva, a perda de audição não pode ser detectada antes dos 18 meses de vida, o que dificulta o tratamento e compromete a possibilidade de recuperação da criança. “Além de permitir um diagnóstico precoce, que possibilite uma intervenção bem-sucedida, a triagem neonatal reduz os gastos públicos com escolas especiais e suporte de profissionais na área de saúde e educação”, apontou Selma Anequini.
A fonoaudióloga defendeu, ainda, investimentos na promoção, na vigilância e no monitoramento da saúde auditiva. Para ela, é preciso orientar as gestantes, a fim de evitar que infecções congênitas, como a toxoplasmose, a rubéola, o citomegalovírus, a herpes, a sífilis e a AIDS, possam ser transmitidas para os bebês, prejudicando a audição das crianças.
Durante o Fonoped, a Associação de Deficientes Auditivos, Pais, Amigos e Usuários de Implante Coclear (Adeipa), apresentou, também, os trabalhos que vem desenvolvendo de intercâmbio e orientação à famílias de portadores desta necessidade especial, a fim de possibilitar o acesso ao processo de habilitação e reabilitação auditiva.
Programação – Com 23 conferências nacionais e internacionais, 18 mesas-redondas e sete cursos com especialistas do Brasil, México e Argentina, a programação do Fonoped-2009 encerra neste sábado, com debates e cursos sobre a atualização do autismo. Os debates contarão com a presença de especialistas da Casa da Esperança, uma entidade que acompanha e trata crianças com autismo, em Fortaleza e em Ananindeua. Eles irão relatar suas experiências e orientar profissionais e familiares, para que saibam diagnosticar e acompanhar crianças portadoras dessa deficiência.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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