No AMAZÔNIA:
Tumulto e bate-boca entre agentes do governo e comerciantes tomaram conta das ruas do bairro do Comércio na manhã de ontem. Dentro das ações previstas na operação 'Ver-o-Peso Legal', o grupo Ver o Bem de Belém - composto por agentes do Ministério Público Estadual (MPE), polícias Civil e Militar (PM), Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros e diversos órgãos e secretarias da Prefeitura Municipal - levou uma diligência às ruas do bairro, no intuito de combater crimes de desobediência civil e irregularidades no comércio em via pública. Na ocasião, houve recolhimento de produtos, protestos e, mais uma vez, uma notificação oficial voltada aos trabalhadores não cadastrados. Cerca de 50 agentes de segurança participaram da operação.
Por volta de 11 horas, policiais da PM, Polícia Civil e Guarda Municipal se reuniram em frente à Seccional do Comércio, de onde saíram para fazer uma caminhada pelo Ver-o-Peso. Cães da Guarda e uma equipe de vistoria dos Bombeiros ainda acompanharam a diligência. O promotor de Justiça do Consumidor do MPE, Marco Aurélio Nascimento, e o comandante da 6ª Zona de Policiamento da PM, Major Michel Camarão, comandaram a ação, deixando bem claro que todas as medidas de orientação já haviam sido tomadas antes da operação.
'Esta é uma ação emergencial, visto que temos que resolver o problema do comércio informal no Ver-o-Peso o quanto antes. Diversos crimes, como pirataria, informalidade, delinqüência e a venda de bebidas alcoólicas e alimentos em péssimo estado de conservação, estão conspirando contra a qualidade de trabalho e a própria estrutura do local. Já nos reunimos com os trabalhadores e mostramos que o Estado tem como apoiá-los, oferecer capacitação e espaço adequado de trabalho, mas não adiantou, eles continuam aqui. Agora, teremos de recolher produtos e deter quem resistir à Lei', explicou o promotor.
Apesar de não ter resultado em confronto direto, a operação causou muito tumulto no entorno da feira. Revoltados, populares e ambulantes vaiaram a ação policial, inclusive culpando-a pelo surto de criminalidade na região. 'Aqui vive cheio de marginal, delinqüente, cachaçeiro. Prendendo e tirando o trabalho de gente correta, eles estão é contribuindo para piorar essa situação', disse uma vendedora que não quis se identificar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário