quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Trânsito matou 1.007 pessoas

No AMAZÔNIA:

Com uma frota de 683.229, o Pará ocupa o segundo lugar em número de vítimas fatais nas estradas, de acordo com os dados mais recentes do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Mil e sete mortes foram registradas ano passado, fazendo com que o Estado perca apenas para o Paraná - com quatro milhões de veículos -, que contabilizou 1.672 vítimas fatais em 2007.
A falta de planejamento nas estradas paraenses faz com que a quantidade de acidentes cresça a cada ano. Só em 2007, 8.216 acidentes com vítimas foram registrados no Estado. A maioria das ocorrências foi de colisões, com 4.338. E em segundo lugar estão os atropelamentos, com 1.674 registros. O Estado registra ainda quase a mesma quantidade de acidentes com vítimas fatais que toda a região Norte - com exceção do Amapá, que não aparece nas pesquisas do Denatran.
Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia e Tocantins tiveram, juntos, 1.027 mortes no trânsito em 2007. O Pará, sozinho, conseguiu a marca de 1.007 vítimas fatais. A previsão, feita por japoneses há duas décadas, de que o trânsito iria parar em 2010 em Belém, é uma realidade vista hoje. Mas o que eles não sabiam é que a desordem nas ruas iria causar a morte de tantas pessoas. Ônibus sucateados, transportes alternativos, bicicletas, sinais parados, imprudência, obras inacabadas colaboram para que cerca de 22 acidentes aconteçam todos os dias no Estado. 'Caos' é a palavra mais utilizada pelos belenenses para definir o trânsito na cidade.
Em Belém, o Entrocamento é sinônimo de dor de cabeça para os motoristas. Depois das 18 horas, o trânsito simplesmente pára. O viaduto construído no local fez com que o trânsito ficasse um pouco mais veloz, no entanto não aumentou a área de vazão para o tráfego dos carros. A rodovia BR-316 é a rodovia que mais registra acidentes no Estado e é a maior preocupação dos policiais rodoviários federais nos feriados, quando grande parte da população belenense se desloca para o litoral.
No interior do Pará, o risco está nas estradas cheias de buracos que surpreendem os motoristas. A falta de sinalização nessas áreas faz com que muitos passem despercebidos e acabem sendo o motivo principal dos acidentes. No Pará, segundo informações do Denatran, existem 591.093 condutores de veículos, a maioria está entre 31 e 40 anos. Deste total, 43% têm carteira de motorista B (carro de passeio); 28% carteira AB (carro de passeio e moto); apenas 4% têm carteira A (moto); e 25% outros veículos. Cerca de 78% desses motoristas são homens e, conseqüentemente, são eles que ocupam o topo das estatísticas de acidentes no trânsito.

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