Em O GLOBO:
O Tribunal de Justiça de São Paulo extinguiu ontem, por dois votos a um, um dos dois processos que pedem o reconhecimento de que o coronel reformado do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandou o DOI-Codi em São Paulo, ordenou torturas a presos políticos. Os autores dos processos, ex-presos e familiares, não querem indenização, mas a declaração de que foram torturados por motivos políticos durante a ditadura militar.
Ontem, no entanto, o processo da família do jornalista Luiz Eduardo Merlino, morto aos 23 anos pela repressão, foi extinto por motivos técnicos, segundo os desembargadores, que não entraram no mérito do caso. Oficialmente, Merlino teria se matado, ao se lançar diante de um porão. O jornalista, no entanto, sofreu gangrena nas pernas e tinha sinais de ter passado mais de dois dias pendurado no pau-de-arara antes de morrer.
Sequer as testemunhas serão ouvidas. O advogado Fábio Konder Comparato, que defende a família Merlino, vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça.
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