No AMAZÔNIA:
Cerca de 300 alunos da Escola Estadual Romulo Maiorana, no conjunto Cidade Nova 8, em Ananindeua, Região Metropolitana, interditaram por várias horas a estrada da Providência, com a WE-48, em um protesto contra a violência. Os estudantes do turno da noite não tiveram aula porque 31 calhas e lâmpadas foram furtadas de dentro do escola durante o final de semana. Foi o quatro arrombamento seguido de furto registrado na escola somente este ano.
Alguns professores também se juntaram ao protesto que pedia melhores condições de ensino e, principalmente, mais segurança ao ambiente escolar.
Devido à ação de bandidos, que roubaram todas as lâmpadas de um dos blocos da escola, as aulas do turno da noite tiveram de ser suspensas, sem previsão para retorno.
O aluno Roberto Bentes, de 42 anos, que cursa o 3º ano, disse que está desempregado e faz um enorme esforço pra ir escola, pois não tem dinheiro para condução e chega a caminhar por mais de 30 minutos todos os dias e quando chega na escola é surpreendido pela falta de aula.
A revolta também tomou conta da dona-de-casa Graciana Almeida, de 51 anos. Além de furto da escola, que mais uma vez cancelou as aulas, a aluna conta que a turma dela está sem professor de matemática desde o mês de março e que em várias disciplinas os alunos não fizeram ainda nem a segunda avaliação. 'Muitos (alunos) já desistiram por falta de aula. A gente não teve coragem de fazer a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e quem fez passou vergonha', desabafou.
A professora de história Célia Lima também se uniu ao protesto e disse que a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), por várias vezes, foi notificada da situação precária pela qual passa a escola, mas ainda assim não há reforço no policiamento e os furtos, roubos e arrombamentos continuam a ser rotina.
Cerca de 800 alunos estudam na Romulo Maiorana a cada turno. Se a Seduc não der uma solução para a questão, os alunos prometem novas manifestações para hoje e garantem que dessa vez, o alvo será a Arterial 18, uma das principais vias do conjunto Cidade Nova.
2 comentários:
Um ano e nove meses ou 21 meses.
Esse foi o tempo consumido pelo governo da mudança.
Já trocaram até o secretário de educação, mas pelo jeito ainda não tiveram tempo de fazer o básico do básico: escolas funcionando com o mínimo de decência.
É muito triste ler o depoimento de estudantes dessa escola,gente de idade avançada que certamente trava uma batalha com imensas dificuldades para ter um pouco mais de conhecimentos e melhorar de vida. E que sentem vergonha de fazer a prova do Enem porque sabem que irão passar vexame.
Que qualidade de ensino é essa, onde até faltam professores?
Governo de direitos? mas como? onde ? quando?
Sem professores; sem condições básicas de funcionamento; sem segurança; sobra lambança e propaganda!
A que ponto chegou o ensino, e estamos falando de escolas na capital do estado do Pará.
Imaginem o que acontece no interior do estado...
Resumo dessa vergonha: os professores (quando aparecem) fazem que ensinam e os alunos fazem que aprendem.
Pobre Pará.
Mas estamos pleiteando ser uma das sedes da copa 2014.
Então tá.
Pois é, Anônimo.
E com o ensino não deveria haver demora.
As ações deveria ser rápidas, prontas, céleres, concretas.
Infelizmente, não está sendo assim.
Vou postar se comentário na ribalta, hoje à tarde.
Abs.
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