segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Praias interditadas em Barcarena e Abaetetuba

No AMAZÔNIA:

Quatro praias de Barcarena e uma de Abaetetuba estão interditadas para banho desde ontem, por causa da contaminação da água pelo óleo que vazou de uma embarcação naufragada. Mesmo alertada, a maioria dos cerca de quatro mil banhistas ignorou as advertências sobre o risco à saúde.
Em Barcarena, as praias interditadas são a Caripi, Conde, Itupanema e Sirituba. Em Abaetetuba, a interdição atingiu a praia de Beja. A ordem partiu da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), após parecer do Instituto Evandro Chagas (IEC).
O alerta de perigo está exposto em placas afixadas nos balneários. Ontem, os Bombeiros também ajudaram na orientação dos banhistas, por ser um dia de grande fluxo de pessoas. A estimativa é que cerca de quatro mil adultos e crianças estiveram lá.
O capitão Marcos Macedo revelou que a maioria não cedeu ao apelo dos bombeiros para não entrar na água. Alguns chegaram a fazer piada, dizendo que 'se óleo fizesse mal, não existiria mecânico', atitude condenada, mas que não pôde ser controlada.
Segundo o capitão Marcos, os bombeiros cumpriram o papel de advertir a população para os riscos de contaminação. Na praia do Caripi, conta, o óleo podia ser visualizado na água ainda ontem, quatro dias após o acidente.
A contenção do óleo que vazou continuou no dia de ontem, executada pela empresa CDA, contratada pela Petrobras. O capitão informou que a desinterdição não tem data prevista e será feita pela Sema, órgão responsável pelo acompanhamento da situação e punição administrativa dos responsáveis.
O acidente está sendo investigado pela Delegacia de Meio Ambiente (Dema). O óleo vazou do rebocador Jeany Glalon XXXII, da empresa JF Oliveira Navegaçõs, na quarta-feira, 3. A embarcação foi localizada no sábado, mas um tripulante ainda estaria desaparecido.
Os responsáveis pela embarcação deverão ser chamados a prestar informações à Polícia esta semana. O rebocador continha 30 toneladas de 'fuel oil', um derivado de petróleo usado na navegação. Ele é considerado um produto muito poluente.
O vazamento deixou uma mancha que, inicialmente, se estendia por 16 quilômetros. No sábado, a avaliação era que, apesar das medidas de contenção, o produto já havia ampliado o rastro de contaminação em mais dois quilômetros.

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