No AMAZÔNIA:
Tudo indica que o sucessor do presidente do Remo, Raimundo Ribeiro Filho, não será nenhum dos pré-candidatos às eleições do dia 29 deste mês. A tendência, pelo que se observa, é que o clube voltará a ser comandado por Junta Governativa, como ocorreu, por duas vezes, nos anos 90, quando o mesmo Ribeiro e Roberto Porto foram sucedidos por um grupo de dirigentes. Faltando apenas cinco dias para expirar o prazo de inscrições de chapas, até ontem nenhum dos nomes cogitados para disputar o pleito ratificou o suposto interesse em comandar os destinos do Leão nas duas próximas temporadas.
O empresário Carlos Rebelo era, desde a última segunda-feira, o mais cotado para assumir a cadeira ocupada por Ribeiro. Ele contava com o apoio inclusive do atual mandatário azulino. Contudo, Rebelo, recém-eleito benemérito do clube, impôs algumas condições para se lançar como candidato. Entre as exigências feitas por ele, estariam a redução do número de conselheiros do clube de 150 para apenas 50 e mais a indicação de 12 beneméritos de sua confiança.
A injunção feita por Rebelo, segundo uma fonte, teria sido uma forma encontrada por ele para declinar da candidatura. Embora seu nome estivesse envolvido em uma suposta sucessão a Ribeiro, o benemérito remista não deixou claro o desejo de assumir o comando do clube. Muito ao contrário, Rebelo até chegou a indicar em conversas de bastidores o nome de Antônio Carlos Teixeira, o Tonhão, para encabeçar uma chapa. 'Ele me parece ser a pessoa ideal pela experiência que tem na administração do clube', alegou Rebelo.
Mas, da mesma forma que Rebelo, Tonhão, alegando falta de tempo, também jogou para escanteio a possibilidade de disputar as eleições. 'O Remo precisa, neste momento, de alguém que esteja disposto a solucionar situação difícil do clube. Não tenho o tempo necessário para isso', argumentou. Na esteira das desistências, aparece o médico Paulo Mota, eterno candidato à presidência remista. Ele foi o primeiro a lançar pré-candidatura, que não durou uma semana. Agora, Mota mira a presidência do Conselho Deliberativo, hoje ocupada pelo promotor público Pedro Lima.
Alguns pré-candidatos condicionaram participação no pleito a desistência oficial da candidatura de Rebelo. São os casos de Benedito Sá e Pedro Minowa, que só aceitam ir às urnas, caso Rebelo não tenha mesmo interesse em suceder Ribeiro. Já o ex-presidente Raphael Levy descarta a candidatura de Rebelo e anuncia que toparia retornar ao comando remista, desde que tenha o apoio de todas as correntes de dirigentes.
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