quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Hora mais esperada

No AMAZÔNIA:

Mais de cinco mil pessoas são esperadas na solenidade da Descida da Imagem, uma das mais importantes celebrações da programação oficial do Círio de Nazaré. A prática data desde 1969, mas nos últimos anos tem merecido uma apreciação e valor que chegam a lotar o Santuário Mariano desde as primeiras horas da manhã. O padre Fábio de Melo, revelação do Ministério de Música da Igreja Católica, deve animar novamente a cerimônia do dia 11 de outubro, ao meio-dia.
A descida da imagem autêntica é um rito breve que consiste na retirada solene da Santa achada pelo caboclo Plácido, em 1700, do Glória sobre o altar-mor do templo. Animado por cânticos, reflexões e orações, a solenidade é uma das mais disputadas pelos fiéis. Ocorre às 12 horas, logo depois da Romaria dos Motoqueiros. Após a descida do Glória, a imagem fica durante toda a quinzena da Festa num nicho instalado no presbitério do templo, perto dos fiéis, que se aproximam não só para a prática da fé como também para perceber os detalhes artísticos da estátua.
Transcorridos os 15 dias da festividade, a imagem volta ao Glória, numa cerimônia simples, mas emocionante, que precede a missa do Recírio, às 6 horas da segunda-feira. Desde 1969, a solenidade da descida da imagem é realizada. As primeiras foram simples e a portas fechadas, sempre às 23 horas da véspera do Círio. Só a partir de 1992 é que os romeiros puderam acompanhar a descida da imagem com emocionante solenidade, que conta com a participação de um renomado artista da terra ou de um convidado especial.
Chamada de imagem 'autêntica' ou 'imagem do achado', a escultura de madeira encontrada pelo caboclo Plácido, no ano de 1700, tem 28 centímetros de altura, cabelos caídos sobre o ombro direito e carrega ao colo o Menino Jesus despido com um globo nas mãos. Aos pés da Virgem, há a cabeça alada de um anjo, que é o símbolo iconográfico da glória celestial. No Santuário Mariano, a imagem autêntica fica em redoma de cristal no altar-mor, o Glória , entre anjos, nuvens e um vistoso esplendor de raios.
Um forte esquema de segurança eletrônico protege o ícone, de valor incalculável. De lá, ela só é retirada uma vez ao ano. Mas já chegou a sair em três outras ocasiões: em 1953, na ocasião do Congresso Eucarístico realizado em Belém; em 1980, a pedido do Papa João Paulo II, que quis abençoar a cidade com a imagem em suas mãos, e em 2000, na procissão do Círio 200.

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