No AMAZÔNIA:
Uma disputa que vem sendo travada nos bastidores do transporte alternativo, e pode ter um desfecho trágico, teve mais um capítulo ontem, em Icoaraci. Três vans foram atingidas por pedras, jogadas, segundo os motoristas desses carros, por perueiros ligados a cooperativas rivais. Na hora do ataque, havia passageiros sendo trasportados, mas, por sorte, ninguém saiu ferido. Os veículos foram levados para a Seccional de Icoaraci, onde os condutores relataram os atentados.
Presidente da Federação das Cooperativas de Transporte do Estado do Pará (Fecootranspará), que reúne 16 cooperativas, Charles Carvalho disse que, desde que um determinado perueiro, como são conhecidos esses profissionais, foi excluído daquela entidade, no começo deste mês, começaram esses problemas. Por conta da atuação dessa pessoa, cujo nome foi informado aos policiais, a federação o denunciou ao Ministério Público do Estado. Esse perueiro é um dos coordenadores do Sistema Integrado das Cooperativas de Transportes Alternativo (Sicootrans). Ele é conhecido como Francinaldo, e foi apontado pelas vítimas como responsável pelos ataques de ontem.
Em um período de no máximo um mês, mais de 20 boletins de ocorrências foram registrados na Seccional de Icoaraci, motivados por danos às vans de cooperativas que fazem parte da federação ou por causa de ameaças aos seus motoristas, disse Charles Carvalho. Há, também, um outro tipo de ocorrência. Os carros dessas cooperativas são interceptados e os passageiros obrigados a descer, para embarcar, em seguida, nas vans da Sicootrans.
O ataque, ontem, ocorreu na travessa Berredos, às 13 horas. Três vans foram apedrejadas, e os motoristas dos outros carros deixaram o local o mais rápido possível, para também não serem vítimas da ação dos vândalos. Os carros atingidos têm placas de Brasília. É que lá, segundo os motoristas, não é permitida a circulação de veículos de transportes alternativos. Por essa razão, os perueiros que atuam em Belém compram os carros daquela cidade, para trafegar na capital paraense.
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