No AMAZÔNIA:
A maniva, ao contrário do tucupi, pode não sofrer reajuste por causa do Círio. Quem trabalha com o produto nas feiras de Belém acredita que os preços devem ser mantidos. 'Até agora não tem previsão de aumento e acredito que vai continuar assim. No ano passado também não aumentamos', afirmou Wagner Rodrigues, comerciante do Ver-o-Peso. A opinião dele é reforçada por Maurício Araújo, da barraca vizinha. 'O preço está bom. No ano passado quiseram aumentar e acabaram baixando de novo porque a procura não foi tão grande'. Se a previsão dos feirantes se confirmar, o consumidor vai pagar em média R$ 1,50 pelo quilo do principal ingrediente da maniçoba.
O produto é comercializado de duas maneiras: cru ou pré-cozido. A segunda opção é um pouco mais cara (R$ 2), mas é muito mais prática. Ao contrário da maniva crua, que leva até oito dias para ficar pronta, a pré-cozida reduz o tempo de preparo do prato para dois dias. 'As pessoas preferem levar a pré-cozida porque colocam a maniçoba no fogo na véspera e no dia do Círio ela está pronta para o almoço', explicou Maurício. A folha da maniva vem do interior, geralmente são os mesmos produtores que fornecem a mandioca. O preparo ocorre na feira mesmo. Basta moer a folha e, no caso da pré-cozida, deixar ferver por cinco dias. A procura, segundo os feirantes, continua regular, mas a previsão é que aumente a partir do final do mês. 'Como a pré-cozida é a que sai mais, já não tem aquela pressa de comprar logo a maniva para por a maniçoba no fogo', disse Wagner.
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