quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Tasso recebe pena de 22 anos

No AMAZÔNIA:

Depois de pouco mais de doze horas de julgamento e apenas quinze minutos reunidos na sala especial do Tribunal do Júri, os sete jovens jurados, um rapaz e seis mulheres, decidiram pela condenação do réu Mário Tasso Ribeiro Serra Júnior, acusado de assassinar em 5 de julho de 2007 Nirvana Evangelista da Cruz. Ele foi sentenciado a uma pena definitiva de 22 anos de reclusão em regime fechado por homicídio qualificado, sem direito de recorrer em liberdade pelo juiz Ricardo Salame Guimarães, da 2ª. Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher.
O juiz considerou a extrema culpabilidade do réu, baseado na votação dos jurados, que apenas no quesito sobre a intenção do acusado em matar Nirvana, discordaram por cinco votos favoráveis contra dois. No restante, os jurados foram favoráveis à condenação de Mário Tasso por unanimidade. Eles recusaram a tese de legítima defesa, consideraram que ele teve a intenção de matar e que Mário não deu chances de defesa à Nirvana. Jânio Siqueira, advogado de defesa, declarou que vai recorrer ao pleno do Tribunal de Justiça do Estado (TJE) para tentar a anulação do julgamento.
O juiz Ricardo Salame passou por uma pequena confusão durante a leitura da sentença, que ocorreu quase às 21 horas. As respostas dos jurados aos quesitos para elaboração da sentença foram digitadas de forma equivocada. Atento, ele pediu imediatamente a correção e depois anunciou a condenação.
Os pais adotivos de Nirvana, que são seus tios, ficaram muito comovidos com o anúncio da sentença ao lado de outros parentes e amigos, depois que passaram um ano pedindo nas ruas e praças de Belém pela condenação do acusado. 'Estamos satisfeito, foi feita justiça, é a luta de mais de um ano, mas não foi uma vitória porque não temos o que festejar, mas por tudo o que passamos desde que a tragédia aconteceu, mas sem ódio no coração', declarou Fabiano Cruz, o pai adotivo. D
Depois de cantar 'Jesus Cristo', interpretada por Roberto Carlos, em plena Praça Felipe Patroni, para agradecer a decisão do tribunal do júri junto com familiares e amigos , dona Celina Cruz, mãe adotiva, disse que era só um agradecimento e conseguiu tirar de sua dor um pouco de solidariedade e compaixão. 'É um agradecimento, porque também existe a dor da família dele, que está triste, nós só temos que agradecer a Deus', disse ela.
Para a promotora Leane Fiuza de Melo, que atuou na acusação, a sentença fez jus à tese do Ministério Publico, elaborada por ela desde o crime. 'É o reconhecimento de que a denúncia foi julgada procedente em toda a sua integridade, com a conden ação por homícídio doloso qualificado, a pena foi justa e responde aos anseios da sociedade', afirmou.

Mais aqui.

3 comentários:

Anônimo disse...

Ainda é pouco, muito pouco.
Uma vida se foi estupidamente e o assassino, agora, vai percorrer aquele manjado lenga-lenga da lesmice judiciária.
Primeiro, recorrerá da condenação, provavelmente em liberdade (será?).
Depois de recursos e mais recursos, sabe lá quando irá efetivamente para a cadeia cumprir a pena.
Ops, falha nossa, parte da pena.
Sim, pois num passe de mágica se tornará um cidadão de bom comportamente e logo, logo, receberá as benesses de 1/6 da pena e estará apto a sair lépido e fagueiro na doçura da liberdade (se estamos errados, desculpem, mas é assim que sempre acontece).
Ou seja, basta que passe a ser um "bom menino comportado" para que seja considerado gente boa e quite com a justiça, com a família de sua vítima e a sociedade, e adeus cadeia, liberdade aqui me tens de regresso.
Um "negoção", não?
Sai baratinho, baratinho o custo de tirar uma vida, essa é a triste realidade brasileira!
Ou seja, matar um ser humano não um crime assim tãão grave, não é mesmo senhores poderosos fazedores das nossas leis?
É por isso que se diz que matar uma onça é muito, muito mais grave do que matar o fiscal do Ibama.
Ô pais injusto.

Poster disse...

Anônimo,
Você tem inteira - aliás, inteiríssima - razão.
Vou levá-lo à ribalta.
Abs.

Anônimo disse...

Realmente como a Senhora Promotora Publica disse "A justiça foi feita e a lei Maria da Penha foi cumprida", eu discordo pois se a lei realmente tivese sido cumprida a minha prima talves estivese viva, quero dizer que nâo foi feito justiça quando ela o denunciou por agressão sofrida, pois ao contrario aqui em Brasília eu nem toquei em minha ex-esposa que me denunciou mentirosamente e eu fui processado e ate hoje sofro as conssequencias do que nem fiz, por isso acho que a justiça do estado do Para deveria ser tambem penalisada por omição neste caso, Wilson José da Cruz Paiva primo de Nirvana diretamente de Brasília