terça-feira, 12 de agosto de 2008

Julgamento do caso Norman continua hoje

No AMAZÔNIA:

Começou ontem o julgamento do comerciante Joseli Menezes de Lima, apontado pelo Ministério Público como intermediário no plano que resultou na morte do professor Hélio Norman, ex-sócio do curso Perfect, há mais de 11 anos. O julgamento, que começou pela manhã, foi suspenso por volta das 18h30, no Fórum Penal de Belém, na Cidade Velha, para descanso dos participantes. A sessão, presidida pelo juiz Edmar Pereira, titular do 1º Tribunal do Júri da Capital, será retomada hoje às 8 horas. Seis testemunhas foram ouvidas, entre elas Miguel Clarindo dos Santos Ribeiro, que era amigo de Hélio Norman há mais de 25 anos, e recebeu uma proposta de Adalberto Batista Rocha, condenado a 15 anos e dois meses de reclusão, para ser intermediador na contratação de pistoleiros para assassinar o professor.
Segundo Miguel Ribeiro, Adalberto ofereceu dinheiro para que ele participasse do crime. 'Quando Adalberto perguntou se eu gostaria de ganhar dinheiro, achei que ele estava querendo montar uma sociedade. Mas, para minha surpresa, o negócio era outro', disse.
Adalberto e Arnaldo Félix da Silva Neto, já condenados, eram sócios de Norman no curso Perfect. Após desfazer a sociedade, a vítima montou o próprio cursinho. E, como recebeu diversos alunos do curso dos acusados, levou os antigos sócios à falência. Segundo a acusação, o ódio provocado pela situação levou a dupla a contratar pistoleiros, por intermédio de Joseli, para a execução.
A promotora de justiça Rosana Cordovil, que sustentou a tese de que o comerciante participou do crime, acredita que a quantidade de provas apresentadas contra Joseli é mais que suficiente. 'Ele era amigo de pistoleiros, alugou o carro com documentos falsos e ainda abriu uma conta no Banco do Brasil através de uma declaração do cunhado Arnaldo Félix, que já foi condenado a 19 anos de reclusão pelo crime. O Joseli atuou diretamente na locação e pediu um carro com película. São muitas coincidências. Inclusive, ele é acusado de envolvimento no assassinato do ex-prefeito de Porto de Moz, o José Elídio, que teve execução semelhante à de Hélio Norman'.
O advogado de defesa, Francisco Alberto Rabelo, diz que Joseli foi usado. 'Não existem provas suficientes contra o Joseli. Ele tinha apenas 18 anos e foi usado por Adalberto e Arnaldo. A única acusação é que ele alugou um carro, mas isso não quer dizer nada. Tenho certeza de que ele será absolvido'.
O julgamento, que começou com uma hora de atraso, teve ainda como testemunha Raimundo Cardoso de Oliveira Júnior, que trabalhou nos cursos pré-vestibulares Perfect e Hélio Norman.Ele disse que chegou a ver Joseli duas vezes no curso Hélio Norman, sendo que na segunda estava acompanhado do amigo Carlos Ernani Milhomem, já falecido e também acusado de participação no crime. Segundo Raimundo, ele queria informações sobre bolsas de estudo. 'Só fui saber quem eles eram quando vi as fotos no jornal', disse. Carmen Lúcia Silva, irmã de Norman, se emocionou em vários momentos e quer que todos os acusados sejam presos o mais brevemente possível.
Também depuseram as testemunhas Humberto Marçal Cardoso Nunes, dono da locadora que negociou o aluguel do carro com Joseli; o taxista Péricles Sebastião Nunes, irmão de Humberto, que reconheceu o carro da locadora quando estava na rota de fuga dos pistoleiros; Carlos Nadson da Silva, funcionário do curso Hélio Norman e irmão da vítima, pivô da briga que levou Hélio Norman a romper a sociedade; além de Janete Maria Figueiredo Silva de Souza, viúva do professor.

Mais aqui.

2 comentários:

Anônimo disse...

Onze anos já se foram e essa bandidagem ainda continua usando e abusando de todos os artifícios e recursos para adiar sua prisão e efetivamente cumprir penas.
Norman era bem relacionado mas não tinha sobrenome "high-society".
A justiça lesma-paralítica ainda vai demorar até definição final desse processo.
Infelizmente.

Poster disse...

Anônimo,
Essas demoras representam uma distorção intolerável.
Vamos postar seu comentário na ribalta, nesta quarta.
Abs.