domingo, 24 de agosto de 2008

Eleição movimenta o mercado de gráficas

No AMAZÔNIA:

Mesmo com as limitações referentes à propaganda política impostas pela Justiça Eleitoral, o período que antecede as eleições continua garantindo o lucro para o mercado de gráficas no Estado. Trabalho é o que não falta. Em Belém são 573 candidatos a vereador e mais sete a prefeito. Em todo o Pará, são mais de nove mil candidatos ao trabalho nas câmaras municipais e outros 300 concorrendo às vagas nas prefeituras. Todos querendo sair bem na foto do 'santinho' que chega até as mãos do eleitor.
O crescimento dos pedidos em anos de eleição aquece o mercado de gráficas a cada dois anos e transforma o semestre de pleito eleitoral no período mais lucrativo para as empresas. 'Essa época é para as gráficas o que o Natal é para o comércio em geral', resume o diretor da Sagrada Família, Maurício Santos. Para este semestre, o empresário estima um aumento de mais de 150% na produção.
A Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) prevê um crescimento médio de 40% no setor durante os meses que precedem as eleições municipais. Um aumento que chega ser triplicado em algumas gráficas de Belém, que acumulam campanhas de candidatos a vereador e prefeito do interior e da capital.
A atual legislação eleitoral proíbe a distribuição de brindes como camisetas, bonés, chaveiros e canetas, assim como propagandas em outdoors - limitados a formatos reduzidos - e realização de showmícios. Por isso, há previsão de maior investimento em materiais de campanha mais simples, como o tradicional santinho e os cartazes de candidato.
O investimento em impressos representa, hoje, boa parte do orçamento dedicado à propaganda pelos candidatos. O aumento da procura eleva preços e acirra a concorrência por campanhas, 'tirando do mercado quem não consegue manter o tripé qualidade prazo e preço baixo', afirma o presidente do Sindicato das Empresas Gráficas do Pará, Carlos Jorge da Silva Lima.
Para atrair clientes, as empresas chegam a oferecer pacotes de serviços - uma espécie de kit eleições com cartazes, santinhos, adesivos e bottons - a preços que cabem até nos orçamentos das campanhas mais enxutas, além, é claro, de oferecer novidades. Bonés de papel, adesivos de todos os formatos e tamanhos, e até materiais fluorescentes para a confecção de impressos, fazem a cabeça dos candidatos do pleito de 2008.
Preocupação freqüente dos empresários às vésperas da eleição, a escassez de insumos como as tintas e papéis, geralmente importados, para a impressão dos materiais de campanha, tira o sono dos administradores de gráficas. Para garantir a produção, várias empresas de Belém estocam material até seis meses antes da eleição. Mesmo assim, garantem, o volume de trabalho é tão grande que é preciso renovar o estoque dias antes do pleito.

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