segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Calha desaba e forro do PSM vem abaixo

No AMAZÔNIA:

Um acidente grave no Pronto Socorro Municipal da 14 de Março feriu quatro pacientes que esperavam atendimento na sala de emergência, chamada pela direção do hospital de 'sala de injetáveis', que é a porta de entrada no PSM para pacientes graves ou não e fica localizada à esquerda da portaria do PSM pela 14 de Março.
O acidente ocorreu ontem, 24, por volta das 17h. Uma calha de alumínio, de aproximadamente cinco metros, e cheia de água da chuva pesando cerca de 100 quilos, e parte do forro de gesso com uma extensão ainda maior, desabaram em cima deles.
O mais grave aconteceu com Argermiro da Silva Melo, 68. Segundo Samuel de Jesus, filho que acompanhava Argemiro na sala na hora do acidente, a calha caiu praticamente em cima dele. 'Foi terrível, ele ficou praticamente debaixo da calha', disse o rapaz. A calha atingiu o tórax e a cabeça do idoso, que sofreu corte na testa.
Argemiro deu entrada no PSM da 14 ontem pela manhã depois de sofrer vários AVCs (acidentes vascular cerebral) e está com o lado esquerdo paralisado, sem poder andar. A família não entende porque um paciente com AVC teve que esperar o dia inteiro em uma 'sala de injetáveis' e só foi levado para a UTI depois de quase morrer debaixo da calha que desabou no PSM.
'Quem vai me ajudar agora, e se agravar a saúde do meu marido? É muita irresponsabilidade', gritou aos prantos Maria Antônia de Jesus, mulher de Argemiro. Ela também reclamou que não conseguiu ambulância do 192 para levar o marido até o PSM. 'É lamentável que exista ambulância do Samu quando tem ferido em briga de gangue, mas quando tem um tabalhador idoso precisando de transporte não tem ambulância', denunciou.
Os outros três pacientes sofreram cortes na perna, no braço e trauma por causa do baque da calha. Segundo Samuel de Jesus, havia pelo menos 30 pessoas na sala na hora do acidente, incluindo enfermeiros e médicos. Ele contou que havia pacientes em macas e as cadeiras estavam lotadas. Todo mundo ficou desesperado e gritando. Parente e pessoas que trabalham na porta do PSM arrombaram a porta para ajudar os pacientes. Por sorte ninguém mais se feriu. A água na calha era tanta que alagou toda a sala.
Visitas - Além do desespero com o acidente, a revolta tomou conta de quem foi ao PSM da 14 fazer visita ou procurou o hospital para atendimento. A visita foi suspensa, o PSM recusou pacientes e também transferiu alguns, como Ana Mota, segundo familiares, por causa de superlotação.
Mas a direção do hospital não considerou o acidente grave. O diretor, José Magalhães, informou que só havia cerca de dez pacientes na 'sala de injetáveis', que Argemiro Melo foi levado para UTI e iria passar pelos exames necessários. Mas o tomógrafo do PSM está quebrado. Ele negou a superlotação, confirmou que a sala onde houve o acidente havia passado por reformas há cerca de cinco meses, mas que vai aguardar o laudo dos bombeiros para indicar a causa do acidente. O diretor negou a recusa. Ele garantiu que o atendimento estava normal e a visita iria ser normalizada ainda ontem.

2 comentários:

Anônimo disse...

E agora queremos ver o excelentíssimo prefeito reclamar que a oposição derrubou o telhado do PSM. Tá caindo tudo na administração municipal !
A queda do telhado mostra bem como está a saúde em Belém, uma área de extremo risco, matando gente.
Tomara que com o telhado caia também este desgoverno, esta vergonha chamada Duciomar.

Anônimo disse...

Dudu que fez, Dudu que faz!


;)



Victor Picanço