No AMAZÔNIA:
'Mandei para o olho da rua'. Assim o presidente Raimundo Ribeiro anunciou a demissão de Artur Oliveira, ontem de manhã, na sala de imprensa do Baenão. Visivelmente irritado com a postura do treinador diante da 'greve branca' do elenco, o cartola do Remo nem esperou terminar a avaliação física dos jogadores na Escola Superior de Educação Física para divulgar a decisão. Roberval Davino deve ser o substituto (ver matéria nesta página).
O motivo para o afastamento de Artur, segundo Ribeiro, foi um só: 'Ele não atendeu às exigências da diretoria'. Mas, de acordo com o auxiliar técnico Nildo Pereira, também demitido, a decisão foi motivada pelas declarações do técnico sobre o protesto dos jogadores à imprensa. O presidente teria perdido a paciência quando soube que Artur apoiou a atitude dos jogadores, que resolveram treinar somente em um período.
Ribeiro também se mostrou irritado com alguns jogadores, mas não citou nomes. 'Se brincar, também vão sair', declarou o dirigente, que voltou a acusar a imprensa de perseguição. 'Ou param de falar mal do Remo ou vamos ter que trancar o Baenão para ninguém entrar'.
Depois, questionado sobre o comportamento dos jornalistas, o dirigente voltou atrás: 'Não estou culpando a imprensa, estou dizendo que passam tudo para a imprensa'.
Fonte ligada à diretoria azulina revelou que, após a demissão de Artur, Raimundo Ribeiro tentou entrar em acordo com os jogadores, mas foi deixado sozinho na sala de reuniões do Baenão. O goleiro Adriano também discutiu com o dirigente.
Para amenizar a confusão, o vice-presidente do Remo, Cláudio Bernardo, prometeu pagar os salários amanhã. Os jogadores ficaram de se apresentar hoje ao técnico interino Carlos Dornelles.
'A promessa de Raimundo Ribeiro é fazer o pagamento até amanhã, quando esperamos que tudo volte à normalidade. Se quiserem, o preparador físico, Ricardo Monteiro, e o preparador de goleiros, Afonso Ribeiro, ficam no clube. E temos o Dorneles, que pode assumir enquanto não assume o novo técnico', explicou Cláudio Bernardo. Minutos depois, o próprio vice-presidente admitiu que ainda faltava dinheiro para quitar a folha de pagamento.
Mais aqui.
2 comentários:
O óbice disso tudo é que o Clube do Remo ainda deve dinheiro ao Davino desde 2005, quando se teve a maior média de público de todas séries do futebol brasileiro. Como sempre, ninguém quer vir jogar ou treinar times daqui de Belém, pois os "presidentes dos clubes" não pagam ninguém e ainda por cima os endividam com demandas rabalhistas.
Olá, Wantuir.
É como já dissemos: o maior adverário do Remo são os cartolas do Remo.
Ah, sim. Gostei do blog.
Abs.
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