No AMAZÔNIA:
Os agentes prisionais temporários da Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe) decidem hoje se entram em greve. A resposta do governo sobre a suspensão da lista de demissões anunciadas no Diário Oficial desde o início do mês, define se a categoria se mobiliza ou não para suspender as atividades nas unidades penitenciárias do Estado.
Mais de 80 servidores temporários foram desligados do órgão, em cumprimento a uma determinação do Ministério Público do Trabalho sobre o distrato escalonado de temporários do governo até janeiro de 2009.
'O clima é favorável para uma greve', garante vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Pará (Sepub), Carlos Esdras. Na reunião com o subchefe da Casa Civil, Jorge Panzera, na segunda-feira (18), os temporários afastados manifestaram o descontentamento em relação à postura do governo em demiti-los e anunciar a contratação de outros servidores, também temporários.
Se a categoria decidir pela paralisação, os serviços básicos de atenção a presos em carceragens de delegacias de Belém e nove casas penais na Região Metropolitana vão ser prejudicados.
As visitas e atividades socioeducativas de presos, além de outros serviços prestados pelos agentes da Susipe, serão suspensas caso o efetivo de agentes prisionais seja reduzido com a greve para 30%. A Sepub inclui na lista de casas penais que terão efetivo reduzido com a greve, as penitenciárias do complexo de Americano, em Santa Izabel, as três unidades do Presídio Estadual Metropolitano (PEM), em Marituba, e as carceragens das Seccionais da Marambaia, São Brás, Cremação e Cidade Nova, em Belém.
A Susipe administra 37 unidades penitenciárias no Estado, com um quadro funcional composto por 2.552 servidores. Destes, 2.424 (95%) são temporários e sujeitos a ter os contratos cancelados com a determinação da Justiça do Trabalho sobre o distrato de temporários.
Uma reunião marcada para as nove horas de hoje no Palácio dos Despachos vai tratar sobre o posicionamento do governo em relação à lista de corte de temporários da Susipe. O gabinete da subchefia da Casa Civil não confirma a informação de que a comissão de servidores da Susipe será recebida novamente no Palácio dos Despachos, mas garante que o governo vai se pronunciar sobre o caso. Os temporários afastados da Susipe vão se concentrar em frente ao Palácio, onde uma assembléia geral da categoria vai decidir sobre a paralisação.
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