sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Reitor da Ufopa acusa críticos de compra de imunizante contra Covid-19 de serem "antivacina"

Do Portal OESTADONET

O reitor da Universidade Federa Oeste do Pará (Ufopa), Hugo Diniz, após mostrar interesse pela comprar junto ao Instituto Butantan de cerca de 10 mil vacinas contra a Covid-19, subiu o tom nas redes sociais nesta sexta(15) para acusar os críticos de sua  polêmica iniciativa de fazerem parte de um movimento antivacina. Leia AQUI

O Portal OESTADONET foi o único veículo da imprensa profissional de Santarém a criticar a compra de vacina para imunização da comunidade acadêmica em desacordo com o calendário do SUS. Leia AQUI e AQUI

 

Na quinta-feira (14), por meio de redes sociais o SINDUFOPA publicou uma nota em que professores da instituição criticam a reitoria da UFOPA e defendem a imunização contra Covid exclusivamente de acordo com o plano nacional de vacinação. (LEIA a nota no final do texto)

 

Hugo Diniz  informou, por meio de postagem nas redes sociais, que “todo movimento anti-vacina é contra as vidas”. 

 

O jornalista Miguel Oliveira, editor do Portal OESTADONET rebate Hugo.

 

"Ao acusar os que honestamente lhe fazem criticas por medida desarrazoada, como é no caso dos advogados Paulo Bemerguy (Leia AQUI) e Mary Cohen,  serem antivacina é apostar na desinformação, tal qual faz Bolsonaro, o que contribui ainda mais para o caos que se instalou na saúde pública nesta pandemia. Ninguém em sã consciência é contrário à vacina, o que se combate são pretensos privilégios", observou o jornalista.

 

0 reitor destacou ainda que alguns trabalham para que o processo de vacinação continue ainda mais atrasado, apenas para trazer munição política para este tempo já tão conturbado.

 

“Nenhum movimento desses vai impedir que tenhamos um posto de vacinação dentro da UFOPA, com vacina comprada por nós ou não. E vamos continuar a serviço do SUS para levar vacinação, o mais rápido possível, para o maior número possível de pessoas, o mais longe que conseguirmos”, finalizou o reitor.

 

Segundo Miguel Oliveira, já sabendo da repercussão negativa, o reitor da UFOPA já trabalha com o plano B, ao mencionar em sua nota no Facebook a alternativa de montar postos de vacinação dentro da universidade, o que não seria novidades porque providências dessa natureza são tomadas por diversos órgãos e entidades em período de campanha de vacinação.

 

Nesta sexta-feira, também, o Instituto Butantan anunciou que não vai fornecer vacina contra Covid a cliente que não seja o Ministério da Saúde.

 

Alguns diretores de institutos vão levar ainda o caso ao Conselho Superior Universitário (Consun). 

 

Confira a nota do Sindufopa na íntegra: 

 

A sociedade santarena e a comunidade academia da Ufopa forma surpreendidas com a notícia de que a “Ufopa negocia compra de vacina para a Covid-19”
A notícia ocorre em tempos de confusão e paralisia do Governo Federal a respeito da vaticinação da população contribuindo para que a comunidade fique ainda mais confusa, distante e indiferente a universidade pública, porque atitudes assim a cola em cima e privilegiada em relação à sociedade. 
O que o Brasil precisa é de uma plano nacional de imunização que contemple a todos os brasileiros gratuitamente e indistintamente, seguindo critérios técnicos e humanitários de priorização. A sociedade brasileira não deve aceitar qualquer privilégio para ao acesso imunizante nem tolerar uso policio da vacina (Andifes, 2021). 

A diretoria da SindUfopa (2019-2020) vem ao público defender veementemente que a vacinação contra Covid-19 ocorra exclusivamente pelo Sus, reafirmando e fortalecendo seus princípios de equidade e universalidade e manifestar repúdio à negociação bem como esclarecer, que ela foi tomada unilateralmente pela administração superior da universidade sem qualquer consulta às instâncias decisórias internas e não representa, portanto, a posição do coletivo da comunidade acadêmica.

2 comentários:

kenneth fleming disse...

A elite querendo, como sempre, manter os seus privilégios.

Pedro do Fusca disse...

Mas se não tem dinheiro para nada, vivem reclamando de falta de verbas mas tem dinheiro para comprar a vachina do Dória. Uns previlegiados que desde a pandemia ficam em casa.