quinta-feira, 9 de abril de 2020

Coronavírus não usa prendedor de gravata. Mas o governo Helder Barbalho, esse sim, usa. E de ouro. Ao preço de R$ 7 mil.



Transparência é transparência.
Para o bem e para o mal.
Para o latão ou para o ouro.
Deem uma olhada nas duas imagens acima.
O Portal da Transparência do governo do Pará revela, transparentemente, que o Gabinete do governador Helder Barbalho, por meio da Casa Civil, empenhou apenas nestes primeiros nove primeiros dias de abril, exatos R$ 80.007,86 para a compra de material de consumo.
Desse total, R$ 15.940 foram empenhados ao Institutode Gemas e Joias da Amazônia (Igama). O valor, ressalte-se, ainda não está pago. Mas já está empenhado.
Entre os produtos adquiridos, estão marcadores de páginas, abotoaduras, bottons e prendedores de gravata.
Os três prendedores de gravata são de ouro. Custaram aos cofres públicos, só eles, R$ 6.900,00.
Temos ouro, luzidio e reluzente, durante esta pandemia.
É um espanto.
Com quase R$ 16 mil pagos ao Igama, apenas ao Igama, quantas cestas básicas poderiam ser compradas?
Daria pra comprar um bocado.
Desde que as cestas não sejam de ouro, é claro.

5 comentários:

kenneth fleming disse...

Em geral, quando eu ouço ou vejo escrito o nome “instituto”, automaticamente o meu radar já liga no automático. Necessário ressalvar, claro, que há institutos sérios atuando por aí, mas uma boa parcela deles, que forma uma ampla maioria, é de ser vista com ressalvas ou muitos cuidados. Prestem atenção doravante.

Já notaram que aqui no Brasil cada um quer ter uma ONG para chamar de sua ? A pessoa perde um filho, atropelado ou assassinado, e logo a seguir resolve abrir uma ONG com o nome do de cujus. A pessoa se cura de alguma doença grave, e abre a sua ONG, com seu nome, ou do paizinho ou mãezinha querida que se foi. Pergunto? Por que não aderem às ONGs já existentes? Por que precisam criar uma nova ONG, em forma de institutos, fundações, etc ?

Feita essa pequena digressão, voltemos aos lindos prendedores de gravatas que estão sendo comprados pelo Governo do Estado. A minha intuição me manda cravar que a resposta do Governo será a de que tal compra visa presentear visitantes e visitados ilustres , do Pará e pelo Governador, já que é uma praxe tais trocas de gentilezas.

As relações institucionais e governamentais são alavancadas por tais gentilezas , infelizmente. E, a se confirmarem as minhas suspeitas, creio que é um valor excessivamente elevado para alguém ser presenteado com tal mimo, à exceção, talvez, nos agônicos dias atuais, do Presidente da China, Xi Jinping, que em retribuição, poderia, quiçá, nos enviar alguns milhares de respiradores , de que tanto precisaremos nas próximas semanas.

Assim, com a exceção acima, e, repito, a ter a compra tais propósitos de trocas de presentes, e não obstante reconhecer que há lindas peças produzidas no polo joalheiro paraense, creio que melhor estaria o Gabinete se presenteasse nossos visitantes com as lindas cerâmicas tapajônicas ou marajoaras, ou com algum dos lindos livros de fotografias produzidos por pessoas do mesmo quilate de um Miguel Chikaoka, de um Luis Braga e tantos outros que produzem, Pará afora, colírios para pingarmos em nossas mentes e corações.

Por que não se presentear nossos ilustres visitantes/visitados com um livro de Eneida de Morais ou de Dalcídio Jurandir? Ou com as músicas de Mestre Verequete ou do Arraial da Pavulagem? Ou ainda inebriar as almas com o Uirapuru, do querido maestro Waldemar Henrique?

Acompanhando tais mimos, quem sabe uma boa seleção dos nossos bombons de cupuaçu, bacuri ou castanha?

Certamente, tais mimos seriam melhor aproveitados e “degustados” por nossos visitantes do que um prendedor de gravata, por mais belo que seja.

Saborear um bombom de cupuaçu ao som de um bom carimbó e vendo as belas fotos do Pará ficará para sempre na memória dos nossos visitantes. E nas nossas também, por óbvio.

Unknown disse...

Acho desrespeito com o povo

Brasileiro

Pedro do Fusca disse...

Não é de se estranhar o que parte desta famiglia Barbalho, quando compraram cestas básicas de um amigo seu por 138 reais e as mercadorias que continham nestas tais cestas em qualquer mercearia do subúrbio não sairiam nem por 34 reais. Os hospital de campanha tambêm com preço que deixa duvidas. A familia Barbalho com suas barbalhidades aproveitando muito bem este COVID.

Unknown disse...

Muito bom esse blog, estava a procura disso mesmo.

Robert David disse...

Tem a data da consulta e o link para que eu possa ir verificar no original do portal da transparência.