sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Olha a "novíssima política" aí, gente!

Não é nada não, gente.
É apenas a "nova política" funcionando a todo vapor no governo do Capitão.
Neste governo, estribado nos nobres, austeros, inflexíveis e incontornáveis princípios da moralidade, da ética e da retidão, o comércio de emendas (coisa da velha política), o enrosco de personagens com casos de corrupção, o fisiologismo (coisa da velha política) e os laranjais (coisa da velha política) é tudo invenção.
Se vocês acham que estão vislumbrando essas coisas no horizonte - próximo ou remoto -, em verdade vocês estão vendo apenas uma miragem.
Nada disso existe.
É apenas impressão de vocês.
Tim-tim!
E avante, Brasil!


2 comentários:

AHT disse...

Pra Frente Brasil (Copa de 70)
Compositor: Miguel Gustavo

Noventa milhões em ação,
Pra frente Brasil,
Do meu coração...
Todos juntos vamos,
Pra frente Brasil,
Salve a Seleção!

De repente
É aquela corrente pra frente,
Parece que todo o Brasil deu a mão...
Todos ligados na mesma emoção...
Tudo é um só coração!

Todos juntos vamos,
Pra frente Brasil!
Brasil !
Salve a Seleção!!!


Em 1970 cantamos esse hino, acima, e emplacamos o Tri!
Em 2018 não tivemos hino, tivemos o slogan “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.
Em 2019 já estamos cantando logo de cara essa preciosidade:

Como Será O Amanhã
Eli Soares, Jefte Santos

Como será o amanhã?
Todo mundo quer saber
Todo mundo corre atrás
De se programar pra não sofrer

Será?
Que todos se esqueceram que
O amanhã não cabe a nós
Se ele já está nas mãos de Deus
Só me resta descansar pois Deus
Ainda no controle está

O meu amanhã não pertence a mim eu sei
Já está nas mãos de Deus
E ele vai fazer o melhor
Como ele sempre faz, sempre me abençoou
Mesmo quando infiel eu fui
Seu amor nunca falhou
O amanhã não cabe a nós

Será?
Que todos se esqueceram que
O amanhã não cabe a nós
Se ele já está nas mãos de Deus
Só me resta descansar pois Deus
Ainda no controle está

O meu amanhã não pertence a mim eu sei
Já está nas mãos de Deus
E ele…

AHT disse...

A REPÚBLICA QUE É O QUE NÃO DEVERIA SER

O Mito, um rebelde sem causa definida, denunciado, julgado e superiores hierárquicos sentenciaram, "Reformado sem remuneração está! Siga a sua vida. Esperamos que um dia possa contribuir para a pátria".

O Mito, de lábia rude e esperta, focou desatentos, agitou, conseguiu ser eleito vereador e depois deputado federal pelo RJ. Na Câmara e Congresso foi aprendendo as manhas do baixo clero. Tanto, que se reelegeu o quanto quis. À medida que se reelegia, foi se entusiasmando e sonhando com planos para um dia ser consagrado, "O Mito", não "O Cara" - pois essa honraria, uma coruja lhe confidenciara: “Esse reconhecimento, ‘O Cara’, um futuro presidente dos EUA reconhecerá ao seu antagônico, o Barba”.

Em seus planos, o Mito foi meticuloso ao planejar a carreira política para três de seus filhos. Sucesso! Seus três filhos captaram logo as lições de baixo clero do progenitor, se elegeram sem dificuldades. É um capítulo a parte, para outro momento.

Generais, almirantes e brigadeiros, todos na reserva e preocupados com as crises institucionais, econômicas e sociais ao ponto de levar o país ao risco de enfrentar uma comoção civil, se reuniram em uma tarde de domingo em um aprazível clube militar à beira-mar. Comentavam informações e vez ou outra, davam uma pausa para saborear o uísque, voltando ao foco: o estrago que o Barba e a Wanda fizeram ao petetizar o país.

Goles de uísque, uns canapés, assunto sério, e até que um passarinho chegou e deu uma bicada no copo de uísque do militar mais antigo. Todos riram, quando o incrível aconteceu. O passarinho gorjeou no ouvido do general que lhe permitiu dar uma bicada no uísque. O passarinho sobrevoou cada um deles e foi embora. O general que ouviu o passarinho, levantou e disse aos companheiros, “O que tem que ser, será, dizia o meu avô marechal... O pássaro nos trouxe a solução, a nós compete o plano, a estratégia e as articulações políticas para escolhermos alguém...”.

Todos compenetrados e ouvindo, quando um deles se levantou, e sugeriu, “Lembram daquele subordinado, atleta, o Cavalão? Então, ele é deputado há anos, tem carisma junto a parcela significativa da população, tem uns defeitozinhos, mas dificilmente encontraremos outro melhor...”. E assim surgiu a ideia que se transformou em realidade. O Mito, quem diria...

Foi um parto arranjar um partido que se dispusesse a aceitar o Mito como candidato. O PLS topou a parada, mesmo achando que ele não seria eleito, mas seria uma excelente chance para o partido crescer e emplacar seus candidatos a outros cargos. O Mito, ou quem o orientava, tentou uma advogada guerreira para vice. Ela, mui sagaz, não topou a parada. O General Tonhão, garboso e bom de prosa, rapidinho topou.

Aí, veio um doido, provavelmente induzido por mentes perigosas, e cometeu o atentado contra o Mito. Por milagre, o Mito sobreviveu e tudo mudou nas campanhas dos candidatos à presidência. O Mito, Campeão! Eleito Presidente da República Federativa.

A mente acostumada há quase três décadas de baixo clero, intrigas e polêmicas intencionais, o condicionaram de tal maneira, que ao assumir importante missão ainda não conseguiu se adaptar e cumprir a liturgia do cargo. Para complicar, ao misturar família e governo, dá sinais de atarantado. Seus filhos parceiros de vida pública, ou não aprenderam todas as manhas, ou interpretaram errado certos procedimentos, pois imbróglios estão acontecendo para a felicidade da oposição e da mídia, ao ponto de afetar objetivos do governo.

Noite de ontem, um mordomo do palácio residencial ao levar um copo de água para o Mito, que estava no gramado e descansando numa espreguiçadeira, ouviu um final de conversa dele com aquela velha amiga coruja, “Ai que saudades tenho dos polêmicos entreveros com Jean Overland e Maria do Terço... lucrávamos e garantíamos votos para nossas reeleições...”. A coruja se emputeceu com o Mito, “Pô! Não converso mais com você. Tchau, até nunca mais, Cavalão!”, e voou em direção à casa do vice Tonhão.


AHT
21/02/2019