quinta-feira, 5 de julho de 2018

“É molecagem”, diz Jader sobre relatório da Polícia Federal



Espiem só.
A Lava Jato, e seus múltiplos desdobramentos, vai perseguir dezenas de políticos que vão disputar as próximas eleições.
Vejam o caso do senador Jader Barbalho (MDB-PA), que deve concorrer a mais um mandato em outubro.
Ele já disse reiteradas vezes que não tem e nunca teve qualquer envolvimento com o recebimento de propinas provenientes das obras de Belo Monte.
Mas o fato de estar sendo investigado pela Polícia Federal, com autorização do Supremo, volta e meia dá ensejo a que o senador tenha que se explicar. Muito embora, no estágio em que as apurações se encontram, não se possa ainda extrair qualquer convicção sobre a ocorrência ou não de eventual ilícito.
Mesmo assim, o G1 informa que relatório da PF aponta indícios de que Jader e o senador Edison Lobão (MDB-MA) - na imagem acima, do próprio G1 - teriam sido beneficiados com desvios na obra da usina hidrelétrica de Belo Monte, um dos maiores empreendimentos para geração de energia do mundo. Os agentes apontaram suspeita de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por parte dos parlamentares, investigados em um dos inquéritos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.
O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, defensor de Edison Lobão no caso, disse que tenta autorização de acesso ao relatório. Ele afirmou que, embora desconheça o teor do documento, acompanha a investigação e diz que não há elementos capazes de incriminar o senador.
Jader, de seu lado, garante que o relatório é uma "leviandade" e uma "barbaridade" porque não tem nenhum fundamento relacioná-lo à obra de Belo Monte. "Nunca tive nenhum encontro sobre a obra e nunca recebi nada desta gente, nem telegrama de aniversário".
Para o senador, quem assinou o relatório que o aponta como beneficiário de propina é "um irresponsável que está fazendo molecagem". "Desafio quem quer que seja a apontar um ato contra mim", afirmou ao G1.

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