quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Bilhete aberto ao cidadão Joaquim Barbosa


“Se a sua intenção de bem servir à causa da Justiça é um propósito sincero e verdadeiro, vá correndo assistir ao filme ‘Sobral’, documentário de longa-metragem de autoria da jovem diretora Paula Fiuza, neta de Sobral Pinto — em exibição nos cinemas da cadeia Arteplex Itaú.
Um emocionante filme sobre o não menos emocionante personagem Heráclito Fontoura Sobral Pinto, advogado que marcou a vida sociopolítica-cultural deste país ao longo de várias décadas, deixando um legado de corajosas atitudes na sua luta permanente e obstinada pelo ‘direito de ter direito’ (Hannah Arendt).
O filme em questão abre com duas frases emblemáticas desse homem, que faz imensa falta ao Brasil de hoje: ‘Todo poder emana do povo e em seu nome será exercido’, citando o artigo 1º da Constituição Federal da República Federativa do Brasil, e ‘Odiar o pecado, mas amar o pecador’.
Essas frases definem o jurista democrata e o homem de fé cristã.
Não quero e nem vou me estender mais em outras considerações sobre erros e atropelos por você cometidos, cidadão Joaquim, nesse episódio da decretação da prisão dos condenados pela ação penal 470.
O erro maior e degradante cometido foi aquele que quase causou e ainda pode causar a morte de outro cidadão brasileiro - José Genoino.
Vá correndo, portanto, cidadão Joaquim Barbosa, assistir ao filme para banhar-se nas águas da sabedoria cívica, na convicção democrática e na indignação desse homem cristão e justo contra as injustiças.
Por fim, quero lhe dizer que odeio seus pecados, mas não posso deixar de amá-lo como pecador.”

Luiz Carlos Barreto, 85 anos, é produtor de cinema

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Texto e foto extraídos da coluna de Ancelmo Gois

Um comentário:

Anônimo disse...

Ainda bem que ele ama o pecador.
Porque o Zé Genoíno dizer-se preso político é demais; dizer que o Supremo é um tribunal de exceção, é muito mais que demais. Dizer-se à beira da morte, parece novela mexicana. Ora, seu Zé, você teve todas as chances! De presidir decentemente o partido, de fugir da primeira instância, de se defender. Mais chances do que tem o Zé da Rua quando furta um pedaço de pão. Esperneie, pecador, mas cumpra a sentença, ou você terá feito mais mal ao Brasil do que todos os seus adversários!