quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Sargento Garcia chegou perto. E o Zorro escapou,




Na mesma ocasião em proclamou em bom tom uma constatação tão clara como a luz do Sol, ao dizer que na magistratura ha "bandidos que se escondem atrás da toga", a ministra-corregedora do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon, acrescentou uma revelação: “Sabe o dia em que eu vou inspecionar São Paulo? No dia em que o sargento Garcia prender o Zorro. É um tribunal fechado, refratário a qualquer ação do CNJ”.
O tribunal a que ela se referia era o Tribunal de Justiça de São Paulo.
Isso foi em setembro.
Depois disso, revelou-se que o CNJ, por obra de sua Corregedoria, estava investigando pagamentos milionários registrados nas contas de magistrados de vários Estados.
Entre os investigados estavam 17 desembargadores de São Paulo, que receberam, cada um, R$ 1 milhão, provenientes de pendências salariais. O CNJ buscava saber se eles receberam a bufunfa de uma vez só ou em parcelas, com sói acontecer em situações do gênero.
E aí?
E aí que um dos investigados pelo CNJ, revela hoje a Folha, era o ministro do Supremo Ricardo Lewandowski.
Na última segunda-feira, ele deu uma liminar suspendendo temporariamente as investigações sobre os pagamentos, sob a alegação de que não se pode quebrar o sigilo de juízes, se eles não são suspeitos do cometimento de irregularidades.
A conclusão dessa história toda está no trecho de uma nota da coluna Painel, da Folha de hoje.
Diz assim:

Bem na hora Comentário ouvido ontem em Brasília, em referência à célebre frase da corregedora Eliana Calmon e à abortada investigação sobre o Tribunal de Justiça de São Paulo: "Quando o Sargento Garcia estava chegando perto, o Zorro deu um jeito de escapar".

Como diria o Ancelmo Gois: "É. Pode ser".
E é mesmo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Excelente a postagem. Uma reflexão de um sistema falido. E os pobres economicamente falando continuam a lotar, abarrotar as cadeias desse imenso Brasil. É preciso urgente fazer uma limpeza ética neste país. Se não for feito urgentemente, corremos o risco (toc - toc) de alguns fardados (estilo Egito) querem tomar conta de nosso País. Que a justiça seja feita: doa a quem doer.

Anônimo disse...

No meu entender, o que precisamos é acabar com a vitaliciedade do membros da magistratura e MP em todos os níveis, assim como dar o perfeito entendimento legal para a questão da imunidade. São temas relevantes e deveriámos dar mais atenção. Os magistrados têm 90 dias de recesso mais 30 dias de férias, que absurdo. Um gari que tem um trabalho tão digno quanto qualquer outro tem direito a 30 dias apenas, pq esses homens devem ter tal tratamento. O que vemos hoje no STF acontece em todas as cortes do Brasil, e graças a ação de uma Mulher que honra seu sobrenome, Calmon, estamos tendo acesso a tais histórias que só acontecem nos trópicos, vai um homem desse fazer o que fez numa italia, numa frança ou em qualquer país civilizado ou melhor colonizado,pq eis a herança dos nossos descobridores. Devemos nos unir em prol da quebra de vitaliciedade dando aos ministros mandatos de 03 anos, maximo, entender melhor o conceito da imunidade. Defendo estas idéias pois qual a diferença entre um ministro de STF e um professor do ensino médio. Ambos são alfabetizados, mas o togado vai sempre varrer para debaixo de sua toga as vantagens de sua blindagem, enquanto o professor procura varrer do espírito das pobres mortais a idéia que todos devem tirar vantagens dos outros.