sexta-feira, 22 de outubro de 2010

"Falar em leilão do Baenão é terrorismo", diz conselheiro

O promotor de justiça e conselheiro do Remo Benedito Wilson Sá classificou de “terrorismo” as declarações indicando que é inevitável a venda do estádio Baenão. A exemplo de Ronaldo Passarinho, ele considera que o o leilão, se for decretado, é plenamente reversível, garante que o Remo é viável financeiramente e ataca o presidente remista, Amaro Klautau.

“A não concretização da venda só foi um desastre para a construtora e para o senhor Amaro Klautau e seus asseclas, que queriam se beneficiar da mesma. Taí o motivo de tamanha obsessão pela venda do Baenão”, disse o promotor ao Espaço Aberto, ainda há pouco.

Para Benedito Sá, “o estádio só vai a leilão se não houver pagamento. O Remo é viável financeiramente, recebendo por mês, só de patrocínio fixo, R$ 330 mil. O Amaro Klautau recebeu essa quantia nos meses de agosto e setembro e não saldou nenhum compromisso salarial, muito menos abateu esse valor do passivo trabalhista já executado, motivo pelo qual o estádio Baenão ia ser vendido. Onde o Amaro Klautau meteu esse dinheiro? E onde colocou o valor referente à venda do Hélinton, de R$ 70 mil?, questiona o conselheiro.

Segundo Sá, o que o Remo arrecada é suficiente para bancar as despesas. “O atual plantel consome R$ 60 mil. A receita de R$ 330 mil é suficientemente capaz de pagar o plantel e fazer frente às possíveis praças [leilões], se porventura forem marcadas pela Justiça do Trabalho. Caberia a ele [Amaro Klautau] ser apenas responsável, coisa que até agora ainda não foi, e utilizar essa verba de patrocínios em benefício dos reais interesses do clube”, diz o conselheiro. E acrescentou: “Pelo perfil de administrador que o Amaro Klautau sempre demonstrou, pressuponho que ele vai deixar o Clube do Remo com seis meses de salários atrasados – de agosto a dezembro e mais do décimo-terceiro.”

Para Benedito Sá, “dizer que o Baenão vai a leilão é um inaceitável terrorismo, digno dos mais odientos fascistas, posto que qualquer dívida que você possui pode ser objeto de praça. Se o Amaro Klautau tiver preocupação com o Remo, coisa que não acredito, ele vai procurar outros meios legais para fazer frente a esse passivo trabalhista, pagando-o, sem que ele tenha que lançar mão, de forma leviana e irresponsável, de um patrimônio que não lhe pertence e, aliás, não pertence nem mesmo ao Remo, mas ao futebol paraense”.

Segundo o conselheiro, “a venda do Baenão pela metade do preço, como estava se processando, representaria o início do fim do clube e, por conseguinte, do futebol paraense, uma vez que nós no Pará, tal qual no Rio Grande do Sul, possuímos dois grandes clubes, com duas grandes torcidas e duas grandes rivalidades”.

O Espaço Aberto tentou ouvir o presidente do Remo Amaro Klautau. Ligou mais de cinco vezes. O telefone chamou e ninguém atendeu.

Também tentou ouvir as empresas, mas não conseguiu.

6 comentários:

Renato disse...

É por estas e outras que estão pensando em trazer a "Capsula Fenix" para Belém, para ver se conseguem tirar o Remo do buraco!

Anônimo disse...

Realmente o REMO é viável.
Se todos os conselheiros benemeritos, grandes benemeritos e etc e tal se prontificarem a doar ao clube a quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais)cada e depositados na justiça do trabalho expondo o depósito, facilmente fechariamos a conta pendente.
Mas o que se vê. Velhos senhores se beneficiando do clube, falando mais do que contribuindo e empurrando a agremiaçào cada vez mais para o fundo do poço.
É hora de ajudar e deixar as vaidades de lado, pois a agremiação que é um patrimonio do povo paraense não pode ser tão humilhada como vem sendo nos dias de hoje.
E para que nào paire duvidas é só me mandarem a conta que serei um dos que depositarão a quantia proposta

Edson Ary de Oliveira Fontes
8161 1155

Anônimo disse...

Não acredito que essa turma não tenha capacidade para levantar um empréstimo bancário de 7 mi dando o Baenão em garantia com prazo de pagamento de 5,10,15 ou 20 anos. A Caixa Econômica Federal financia em até 360 meses. Por outro lado, eu achei que tudo estava fora da ordem a Justiça tava mais interessada que as próprias partes, o certo é: Tá devendo, paga! Não pagou vaí a leilão. Agora ficar administrando patrimônio de terceiros, não sei não!!!
A torcida do Remo, rigorosamente, não é contra a venda, só não tem confiança nessa turma que aí está, aliás, com toda razão.
O Pará é o único lugar no mundo em que um executivo permanece no cargo com resultados tão pífios. Também, o Conselho, quem deveria fiscalizar e impor respeito está ultrapassado, para teres uma ideia eles se autodenominam de grandes cardeias, pode um negócio desse???

Hermes Tibiriçá disse...

senhor poster,
Sou bicolor , mas torço pela recuperação do Clube do Remo e pela união (não divisão) do Pará.A propósito desse "imbloglio"bem que o senhor poderia brindar os(muitos) leitores do BLog, remistas, bicolores e "secadores" com um "bis" na postagem de artigo recente e brilhante do colunista do Blog Francisco Sidou, sob título "Honra e Glória no Lixão". Disse tudo de forma magistral.

Anônimo disse...

Esse senhor deveria explicar onde ele estava nos últimos 30 anos quando se agravou a derrocada do Clube do Remo.
Qual foi o papel dele na gestão do ex-presidente Raimundo Ribeiro??
Pq não agiu com esta mesma disposição para retirar os outros administradores que jogaram o remo nesta situação?
Penso que isto virou assunto particular entre o Presidente e este Senhor!
Os ditos espertos e donos da verdade avaliam o Baenão apenas como espaço físico limpo se esquecendo de que quem investir vai ter alto custo com demolições/implosões e ainda de aturar muita dor de cabeça!

TODOS AO AURÁ COM CT E ARENA NOVOS!!!!

Poster disse...

Caro Hermes Tibiriçá,
Está aqui o link do artigo do Sidou publicado aqui no blog: http://blogdoespacoaberto.blogspot.com/2010/10/honra-e-gloria-no-lixao.html
Vá lá.
Abs.