domingo, 29 de março de 2009

Oposição crê em jogada política para barrar investigação

No AMAZÔNIA:

Depois de uma semana tentando emplacar a CPI, os parlamentares ouviram do presidente da CMB Walter Arbage (PTB), à última quarta-feira, a decisão de que o requerimento era 'matéria vencida'; portanto, não seria votado em plenária, e sim barrado, após ter sido rejeitado pela Comissão Jurídica da Casa. Para a oposição, a medida pareceu arbitrária, tanto que eles protocolariam na Justiça, ainda na sexta-feira, um pedido de mandado de segurança contra o presidente, de forma a exigir a abertura da CPI.
'Ele é um irresponsável, não tem mais condições de presidir esta Casa. Feriu o decoro parlamentar e está demonstrando como o interesse de defender o prefeito Duciomar Costa (PTB) não tem limites', esbravejou o vereador e autor da CPI Ademir Andrade.
Caso a CPI da Saúde fosse instaurada, a oposição já tinha três de seus cinco membros definidos entre os partidos da Casa: Vanessa Vasconcelos, representando o PMDB; Marquinho, do PT; além de Ademir, pelo PSB. O quarto lugar seria disputado entre o DEM (cujo nome seria o do vereador Fernando Dourado) e o PR. O representante do PTB ainda não foi escolhido pela base aliada, já que ela não acata a ideia da CPI.
Base aliada diz que todos os relatórios já foram feitos
O principal argumento dos 16 vereadores que não assinaram o requerimento da CPI da Saúde é polêmico: segundo os parlamentares, a prefeitura já 'teria se adiantado' em relação à Câmara, mesmo diante da constatação pública do caos na saúde. 'Mesmo que o documento da comissão estivesse atendendo às diretrizes legais, não o assinaria. O motivo é simples: a CPI não é necessária. Os resultados dela são encaminhados aos Ministérios Públicos e ao Judiciário, sendo que estes já têm seus próprios estudos sobre a questão. Além disso, o prefeito Duciomar Costa já foi aos MPs e conversou com os promotores da área, no sentido de resolver o problema da pactuação com os municípios do interior', garantiu o vereador Orlando Reis (PV), líder da bancada governista.
Em resposta às demandas de investigação apresentadas pela oposição, Orlando afirma que o dinheiro repassado pelo governo federal à saúde já é fiscalizado pelo Tribunal de Contas e pela auditoria do Ministério da Saúde, além de estar sob o olhar atento dos Ministérios Públicos. Para o parlamentar, o trabalho investigativo da comissão seria, inclusive, 'muito demorado' para 'uma questão urgente' como a saúde. 'Não é uma questão política, uma defesa do prefeito; precisamos agora é de ação. O diagnóstico já sabemos qual é: a falta de pactuação, o excesso de demanda do interior. A população será informada de tudo, só que sem a necessidade desta comissão', frisou Reis.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que vergonha, vereador Orlando Reis, voces não têm vergonha de usar argumentos tão calhordas como esses? Se tudo está sendo resolvido tão maravilhosamente, por que não deixar a CPI desvendar isso?
Que vergonha Partido Verde, encampar essas teses e abrigar esses "políticos"!!!