sábado, 3 de julho de 2010

Que maravilha! Mas que maravilha!

O blog volta excepcionalmente.
Volta excepcionalissimamente.
Hehehe.
Mas que maravilha!
Que coisa maravilhosa!
Um chocolate alemão na Argentina.
Sabem aqueles chocolates deliciosos, que os turistas degustam em Bariloche?
Pois é.
Foi um chocolate desses que a Argentina tomou.
Argentina eliminada da Copa do Mundo pela Alemanha.
Pela Alemanha que pinta, sinceramente, como a tetracampeã mundial de futebol, a menos que a lógica do futebol – sempre meio precária, convenhamos - resulte no contrário.
Pela Alemanha do técnico Joachim Löw, que come uma meleca como ninguém, mas dirige, sem dúvida, uma bela equipe.
Pela Alemanha, que prestou um grande serviço à humanidade.
Livrou-nos de ver Maradona correndo nu, em torno do Obelisco, no centro da bela Buenos Aires.
É só para registrar!
Apenas para registrar.
Ah, sim.
A foto é do www.globoesporte.com.
Hahahahahaha!

Um, dois, três, quatro



Argentina goleada pela Alemanha.
4 a 0.
Argentina eliminada.
É só clicar.
Relaxar. E aproveitar.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Pausa

Um bom final de semana a todos.
Até segunda-feira, se Deus quiser.

Líder do PT e Jordy abrem a boca no “Jogo Aberto”

Líder da bancada do PT na Câmara Municipal de Belém, o vereador Otávio Pinheiro rebelou-se contra o acordo firmado entre a governadora Ana Júlia Carepa e o prefeito de Belém, Duciomar Costa para aprovar diversas privatizações de serviços públicos na capital, dentre elas o fornecimento de água. Tachando o acordo de vergonhoso e prejudicial à população, Pinheiro mantém sua coerência política e vai relatar neste sábado, durante o programa “Jogo Aberto”, da Rádio Tabajara FM 106.1, o drama que vivem petistas históricos de ser obrigados a conviver com acordos políticos espúrios.
Pinheiro confirmou que estará ao vivo no programa, que é apresentado pelos jornalistas Carlos Mendes e Francisco Sidou e que vai ao ar de 2 às 4 da tarde. O deputado Arnaldo Jordy também confirmou presença no programa, para falar sobre o caos em que se encontra o sistema penal do Estado. Ele vai contar os absurdos que presenciou em visita de inspeção aos presídios da região metropolitana de Belém.
Ninguém pode perder, ainda no programa, o 8º capítulo da radionovela “A Roda do Poder”, que mostra os bastidores da política no fictício estado de Pangará. As convenções partidárias escancaram as promessas não cumpridas, as mentiras e as desilusões do povo. O prefeito de Blém Blém, Óciomar Gosta, bem ao seu estilo, debocha daqueles que o reelegeram, oferecendo conhecida música à população.
O programa pode ser sintonizado, além do rádio e do celular, pela Internet. Basta acessar o seguinte endereço: www.radiotabajara.com.br.

Fonte: Rádio Tabajara

Um olhar pela lente

Após quatro meses, as obras de restauração do Cristo Redentor foram oficialmente concluídas e o monumento de 38 metros de altura pode novamente enfeitar e iluminar a metrópole que avista de cima.
Orçada em R$ 7 milhões, a restauração foi paga pela empresa de mineração Vale, em parceria com a Arquidiocese do Rio de Janeiro.
A estrutura do Cristo, inaugurado em 1931, continuava em boas condições e as maiores reparações se concentraram na parte superficial do monumento.
A foto está disponível na Folha Online.

CNJ é acusado de ter alterado julgamento

Do Consultor Jurídico

O Conselho Nacional de Justiça é acusado pela Associação Nacional dos Magistrados Estaduais (Anamages) de ter alterado o julgamento do Processo de Controle Administrativo que trata do chamado auxílio-voto e da reestruturação de entrâncias no Tribunal de Justiça de São Paulo. A entidade apresentou, nesta terça-feira (29/6), pedido de nova apreciação de Questão de Ordem.
No recurso, a Anamages pede que prevaleça o voto do conselheiro Marcelo Neves lido no Plenário do CNJ no dia 20 abril de 2010, e não o voto publicado posteriormente. O conselheiro afirma que o voto foi alterado para inclusão de argumentos usados pelos colegas de Conselho durante a discussão, e foi ratificado pelo Plenário, por unanimidade, na sessão seguinte.
Integrantes da Anamages destacam o prejuízo na carreira de alguns magistrados se mantida a segunda versão do voto. "No primeiro voto, o conselheiro manda o tribunal refazer lista de entrância final, mas sem cancelar promoções", diz o juiz Adugar Quirino do Nascimento Souza Júnior, autor do PCA e juiz titular da 1ª Vara Criminal de Assis, no interior de São Paulo. "Na segunda versão, o conselheiro manda remunerar os magistrados de terceira entrância como se fossem de entrância final, mas não sana a injustiça para fins de promoção na carreira", completa. Adugar cita um exemplo extremo: o do juiz José Carlos Hernandes Holgado, da 2ª Vara Cível de Ourinhos.
Segundo Adugar, seu colega Holgado tem 30 anos de magistratura. E, com isso, é o primeiro nome na lista intermediária. Aceita a primeira versão do voto do conselheiro Marcelo Neves, como afirma o juiz, Holgado seria guinado à posição de 243ª na entrância final, num total de mais de 900 magistrados da mesma lista.
No entanto, ainda na versão de Adugar, mantido o voto publicado, o juiz Holgado, ganha o direito de receber vencimento de juiz de entrância final, mas continuará na lista de intermediário, sem chance na carreira chegar ao cargo de desembargador.

Mais aqui.

Charge - Frank


ANJ lança cartilha que orienta jornais sobre eleições

Do Comunique-se

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) lançou uma cartilha em que orienta seus associados na cobertura das eleições. O guia trata de pesquisas eleitorais, proporcionalidade entre os candidatos, direito de resposta, denúncias, colunista candidato, propaganda eleitoral, entre outros temas.
De acordo com a ANJ, os jornais podem manifestar seu apoio a candidatos em editoriais, desde que a conduta não configure abuso do poder econômico. A cartilha também diz que os veículos devem dar tratamento equilibrado para os candidatos com a mesma projeção eleitoral.
Além de orientar a atuação dos impressos, o guia explica o que pode e não deve ser feito no meio online. A cartilha também fala das regras para a propaganda eleitoral, liberada na imprensa escrita a partir do dia 06/07.
Para conhecer o material, clique aqui.

Por que não o metrô do Cariri?


Pesquisadores, estudiosos, técnicos e especialistas em transportes reuniram-se durante três dias, no Hangar, em Fórum de Transporte sobre a Região Metropolitana de Belém, para debater mais uma vez a caótica situação do trânsito e do tráfego na cidade. Os diagnósticos são quase os mesmos, desde a década de 80, quando os então jovens técnicos da Agência Internacional do Japão (Jica) elaboraram minucioso estudo técnico sobre os problemas do transporte na área metropolitana, apontando também as soluções mais adequadas, como a abertura de novos corredores de tráfego, construção de terminais de integração, adoção de corredores exclusivos para ônibus no canteiro central da Augusto Montenegro, BR-316 e Almirante Barroso, além da construção de anéis viários no Entroncamento, no Largo de São Brás e na confluência da avenida Pedro Álvares Cabral com Júlio César.
Previam também o prolongamento da avenida João Paulo II até Marituba, além da construção de ciclovias em todos os principais corredores de tráfego, além do deslocamento da Estação Rodoviária de São Brás para área além do “gargalo” do Entroncamento. Eles também indicavam um modelo de ônibus mais adequado para o transporte urbano, no estilo “papa-filas”, hoje ultrapassado com a adoção do metrô de superfície nas grandes metrópoles. De quebra, ainda fizeram uma previsão, que soa hoje como terrível profecia que se cumpre: a de que Belém poderia parar até 2010, caso nada fosse feito em termos de obras e serviços essenciais para normatizar o tráfego e descongestionar o trânsito.
Como quase nada foi feito desde então e o que foi feito, com exceção do elevado de quatro pétalas da Pedro Álvares Cabral com Júlio César, o foi de maneira incipiente, sem qualquer planejamento urbano ou viário, como aquele viaduto da Bandeira Branca, que mais parece um "autorama" gigante ou aqueles dois túneis que alagam no Complexo do Entroncamento, obras cosméticas e caras, verdadeiros monumentos ao desperdício do dinheiro público.
Diagnósticos e estudos não faltam. O que tem faltado, na verdade, é ação proativa de planejamento e execução de obras e serviços necessários e inadiáveis desde 1985, de quando data o PDTU dos japoneses. Com a municipalização do trânsito, a partir de 1988, havia a expectativa de que a descentralização de tarefas relativas ao planejamento do tráfego e gestão do trânsito, entre o Detran e a CTBel, fosse positiva. Ledo ivo engano. O que se constata, hoje, é o quase total imobilismo do Detran e a ação ineficaz e predatória (ao bolso do cidadão) da Ctbel, que se limita a azeitar sua máquina de fabricar multas e gerar renda. Renda que não é devolvida em serviços de melhoria do caótico e neurótico trânsito de Belém. E assim se passaram 20 anos de omissões dos agentes públicos eleitos para gerir a “coisa” pública, mas que preferem administrar a “privada”, de preferência com o dinheiro público.
Outra "obra cosmética" foi o "rasga" no Conjunto do Basa, que é emblemática da incompetência abissal da gestão do Dudu. A ligação da Primeiro de Dezembro seria mais eficaz á altura do Complexo do Entroncamento, onde deveria ter sido construído o anel viário, não aqueles dois túneis que alagam quando chove. Enquanto não se resolver o "nó" do Entroncamento, o trânsito da cidade continuará engessado, caótico e neurótico. A única solução possível, hoje, ali, seria a construção dos elevados por cima dos túneis.
A "fadiga" do trânsito de Belém , com engarrafamentos diuturnos, principalmente na Almirante Barroso, se deve ao fato de ser aquela via ainda o único corredor de tráfego de entrada e saída da cidade, desde a década de 60, quando ali ainda haviam vacarias, sítios e sedes campestres de clubes. Hoje com quase dois milhões de habitantes em sua área metropolitana e com uma frota aproximada de 250 mil veículos "leves", fora os coletivos e os "pesados" que entram e saem, a cidade está parando. As ruas de uma cidade são como as artérias do corpo humano. Quando entopem acontece o colapso. É o caso do trânsito de Belém. Houve muito diagnóstico, muito debate, muita omissão de socorro, mas quase nenhuma medicação preventiva.
Algumas medidas básicas para administrar o caos estabelecido continuam sendo proteladas, como a redução do número de ônibus que demandam o centro da cidade, a adoção do bilhete único de passagem em terminais de integração, além do deslocamento do Terminal de São Brás para outra área, de preferência na nova Avenida Independência, não mais no Entroncamento, porque ali apenas aumentaria a balbúrdia no "Complexo do Caos".
Ouso discordar das conclusões dos eminentes autores do “Projeto do Sistema Integrado de Transporte na Região Metropolitana de Belém” , coordenado pelo "lua preta" Marcílio , do Ação Metrópole, apenas no que se refere ao estudo de viabilidade econômica ter indicado o ônibus e não o metrô de superfície como a melhor opção de matriz do novo sistema de transporte coletivo para Belém.
Ao ser excluída do eixo da Copa de 2014, Belém também perdeu a grande chance de ser contemplada com verbas federais para modernização de seu sistema viário urbano, a exemplo do que vai ocorrer com as 12 cidades escolhidas como subsedes da Copa. Todas serão dotadas de metrô de superfície, a solução mais moderna para a crise do transporte coletivo nas grandes cidades.
Concordo que em Belém não seria viável o metrô subterrâneo convencional, pois teria que ser operado com barcos e bóias... Porém o metrô de superfície não só é mais viável economicamente, como também a alternativa mais adequada e moderna. Os Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) fariam o transporte de massa interligando as cidades da área metropolitana de Belém, utilizando os canteiros centrais de corredores como a BR-316, Rodovia Augusto Montenegro e Almirante Barroso até São Brás, onde deveria ficar o terminal de integração com os ônibus, com bilhetagem única.
O modelo indicado para Belém seria o mesmo que está sendo adotado em Manaus. Trata-se de uma versão compacta do metrô de superfície (Veículos Leves sobre Trilhos), misto de metrô e ônibus, no estilo papa-filas. Cada um transporta 270 passageiros, o que equivale a quatro ônibus lotados. Os modelos a diesel poluem 93% menos que os ônibus convencionais enquanto os elétricos nada poluem. Também emitem 75% menos ruídos e consomem apenas 10% da energia ou combustível que os ônibus comuns. Talvez essa opção só não seja "bem vista" pelos donos de ônibus que, por sinal, julgando-se também os donos da cidade, não aceitam mudanças no sistema viário urbano de Belém.
Sabem onde são fabricados os VLTs? Não, não é na Europa, nem nos Estados Unidos, nem no Japão, nem em São Paulo. Eles são produzidos, em série, logo ali no sertão do Cariri, por uma empresa cearense "arretada" de eficiente, a "Bom Sinal". Ela já atende encomendas de 50 prefeituras de capitais e do interior, algumas bem menores que Belém, que estão pegando carona na modernidade para resolver a crise em seus sistemas viários urbanos.
Enquanto isso, continuamos convivendo com expoentes da cultura do atraso, como os sinais de quatro tempos, as "tartarugas" como marcadores de faixas "exclusivas" para ônibus, os alternativos piratas com seus profetas do caos pegando passageiros no meio das ruas, as bicicletas sem placas andando na contramão das ruas e do bom senso, atropelando e matando vítimas inocentes, notadamente os idosos. Um cenário mal resolvido de uma cidade sem governo e sem lei, uma espécie de "Nova Déli" tropical, como a chamava em seu concorrido Blog Quinta Emenda o saudoso colega jornalista Juvêncio Arruda Câmara, o Juca, que tanta falta tem feito na paisagem humana/urbana de Belém, cada vez mais degradada pela ação predatória das construtoras de "torres de marfim" e de um prefeito anão, que só pensa "naquilo", ou seja, em "faturar", não importa como, mesmo privatizando as ruas da cidade, a água e agora até os sonhos dos autênticos e históricos militantes do PT paraense que ainda acreditavam que um novo mundo seria possível quando seu partido chegasse ao poder...

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FRANCISCO SIDOU é jornalista

Negada liminar para liberdade de João Carlos Carepa

A desembargadora Brígida Gonçalves dos Santos negou, na manhã desta sexta-feira, 2, pedido de liminar para João Carlos Vasconcelos Carepa aguardar em liberdade provisória julgamento de recurso contra a sentença que o condenou a 15 anos de reclusão em regime fechado. Segundo o despacho, a defesa não conseguiu comprovar o suposto constrangimento ilegal a qual estaria sendo submetido o réu. O mérito do habeas corpus será apreciado nas Câmaras Criminais Reunidas.

Em seu despacho, a magistrada ressaltou a ausência de provas que sustentassem os argumentos do requerente, pois é “cediço que a concessão de liminar em habeas corpus, em virtude de sua excepcionalidade, enseja a comprovação, de plano, do constrangimento ilegal apontado”. A desembargadora solicitou informações ao juiz de 1º grau para apreciação do mérito do pedido.

 

Fonte: Tribunal de Justiça do Estado

Que venha 2014!

O Brasil perdeu quando ainda estava ganhando.

Perdeu no primeiro tempo, quando ganhava por 1 a 0, jogava muitíssimo bem e poderia ter resolvido a parada ali.

Se forçasse mais um pouquinho e fizesse mais um gol, espremeria a Holanda.

Não convém culpar Felipe Melo.

Sim, ele fez um gol contra e foi expulso.

Fez grandes besteiras, portanto.

Mas jogou bem no primeiro tempo e fez o belo passe para o gol do Brasil.

Se a seleção ganhasse por 2 a 1, e mesmo que Felipe Melo tivesse feito o gol contra e sido expulso, acabaria como um herói, tenham certeza.

Por isso, convém não culpar ninguém.

O Brasil perdeu.

Perder e ganhar, ganhar e perder fazem parte do jogo.

Que venha 2014, pois!

As chances de Jatene

De um Anônimo, sobre a postagem Jatene vara madrugada negociando, articulando, gerundiando:

Tanta conversa, tanto lero-lero, tanta negociação... pra nada. Mesmo com o DEM, Jatene não terá nem cinco minutos de TV. Ana, 10 minutos sem o DEM.
Com a máquina federal e estadual trabalhando, com a campanha nacional de seu partido largando na frente do tucanato dividido, as possibilidades de Jatene - que quase perde a eleição para uma desconhecida em 2002 - obter algum êxito está mais para milagre do que para campanha eleitoral.
Quem está embarcando para uma jogada de risco nesse barco furado é Jordy, que corre o risco de ficar sem mandato.

A polarização. Onde está a polarização?

De um Anônimo, sobre a postagem PSDB e DEM na estaca zero. Ainda.:

Eleições 2010, misturou tudo!

O Estado do Pará, assim como outros do Norte e Nordeste, foi marcado no século XX por grandes disputas polarizadas entre grupos e chefes políticos declaradamente rivais, como veremos a abaixo:

1) Antônio Lemos X Lauro Sodré;
2) Magalhães Barata x Zacarias de Assunção;
3) Alacide Nunes X Jarbas Passarinho;
4) Jader Barbalho X Alacid Nunes;
5) Hélio Gueiros X Jáder Barbalho;
6) Almir Gabriel X Jáder Barbalho;
7) Ana Júlia X Almir Gabriel.

Na conjuntura atual das eleições 2010, contudo, essa polarização desapareceu parece até a piada do bêbado do ônibus que no auge da sua embriaguês dividia o ônibus "deste lado só veado e deste só corno".
Irritados, os passageiros ofendidos se amontoaram de pancada em cima do canabrava e, eis que um deles por fim perguntou "e agora bêbado quem é corno e quem é veado?". Sem perder o trôpego rebolado, o maluco beleza respondeu: "Não sei mais de nada, misturou tudo!"
Assim intuo que muitos de nós, espectadores do palco político paraense, nos sentimos com relação a todas essas esdrúxulas alianças já estabelecidas e outras tantas em curso agora mesmo enquanto escrevo essas linhas.
Qual a razão do aparente ou real desaparecimento das diferenças, rivalidades históricas, ideológicas, programáticas, estratégicas, táticas, entre outras?

Vaias a Duciomar. Por que não chamar logo uma claque?

A repórter Rita Soares conta em seu blog:

Depois da convenção do PTB no Centur, Duciomar foi até o Hangar - Centro de Convenções onde era realizada a convenção petista. Lá, todas as vezes que o nome do prefeito foi citado, houve vaias. Convidado a fazer uma breve saudação aos presentes, Duciomar só conseguiu falar porque Ana Júlia levantou-se, ficou ao lado dele e fez um sinal de positivo. As vaias cessaram.

É assim.
Será sempre assim durante a campanha.
Ana Júlia, parece, não comunga daquela máxima do “antes só do que mal acompanhado”.
E olhem que Sua Excelência não está só.
Tem a seu lado 15 ou 16 partidos.
Entre seus aliados, incluiu Duciomar, o huno que nos governa.
Se quiser tê-lo ao seu lado nos palanques, Ana Júlia poderia muito bem arregimentar uma claque de companheiros daquelas bem afinadas, atribuindo-lhe a missão de apenas aplaudir o prefeito, nas aparições dele perto da governadora.
Depois, os companheiros poderiam até lavar as mãos, mas na hora dos comícios teriam de aplaudir o - como diria Guilherme Augusto - (des)prefeito de Belém.
Mas Ana Júlia não vai fazer isso, é claro.
De qualquer forma, as vaias a Duciomar, quando ele estiver perto dela, sirvam para lembrar à governadora que alianças político-eleitorais – toda e qualquer aliança desse gênero - têm preço.
Umas têm um preço mais alto; outras, mais baixo.
Mas todas têm um preço.
Nem que seja o preço de uma vaia.
O que já não é pouca coisa, em tempos de campanha eleitoral.

Ana Júlia e Jatene com os maiores tempos na TV

Marqueteiros – mas não apenas eles – já começaram a somar, subtrair, dividir, multiplicar e tirar a raiz quadrada (hehehe) para encontrar, ainda que aproximadamente, o tempo que cada coligação disporá no programa eleitoral a ser veiculado no rádio e na TV.
Até agora, a parada está mais ou menos assim.

* Coligação Juntos com o Povo (Simão Jatene para o governo) - PSDB, PPS, PRTB, PRP, PMN e PSDC - 3 minutos e 17 segundos. Se o DEM ainda vier a ser incluído, esse tempo subirá para 4min27seg
* Acelera Pará (Ana Júlia Carepa) - PT, PTB, PR, PP, PV, PHS, PSB, PDT, PCDOB, PTDOB, PTC e PRB - 7 minutos.
* PMDB (Domingos Juvenil) - 2 minutos e 32 segundos.
* PSL (Luiz Carlos Tremonte) - 1 minutos e 10 segundos.
* PSOL (Fernando Carneiro) - 1 minutos e 12 segundos.
* PSTU (Cleber Rabel0) - 1 minuto e 10 segundos.

Por que se disse que essa divisão de tempo é mais ou menos assim?
Por que ainda faltam ser fechadas algumas coligações.
O DEM, por exemplo, até agora está sozinho.
E ainda não se sabe se oPCO e o PCB vão se aliar com algum partido.
Mas por aí já se vê, certamente, que Ana Júlia e Jatene vão dispor dos maiores tempos de propaganda.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Um olhar pela lente

A noite cai sobre o bairro do Umarizal.
A foto é Carlos Barretto, um dos ases do Flanar.

Regras diversas para um mesmo esporte

Do leitor Felipe Andrade, sobre a postagem Não tem preço:

Infelizmente, os árbitros são as grandes vítimas pela ausência da tecnologia no futebol. No entanto, é inviável a colocação de chip, recursos televisivos ou qualquer outra tecnologia de ponta nas partidas de futebol.
A justificativa é simples: só em grandes competições (Copa do Mundo, UEFA Champions League, torneios europeus e nacionais) usariam a modernidade. Ou vocês acham que o campeonato paraense contaria com essas tecnologias?
Logo, caso seja implantada a tecnologia, as competições de um mesmo esporte acabariam se regendo por regras diversas.

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Do Espaço Aberto:

Você tem razão, Anônimo.
Se implantada a tecnologia, as competições de um mesmo esporte acabariam se regendo por regras diversas.
Mas isso já seria problema de cada um, não é?
A Fifa, evidentemente, não poderia impor essa regras, porque os custos de implantar um telão num estádio, por exemplo, são altos.
Mas aí, Anônimo, se no Campeonato Paraense, por exemplo, o telão não puder ser usado, o problema é dos clubes paraenses.
A questão essencial é: a Fifa precisa permitir, autorizar, chancelar o uso da tecnologia.
Feito isso, usará a tecnologia quem quiser.
E quem puder, é claro.

Charge - Pelicano


O que os jovens devem esperar de José Serra

No blog Juventude em Pauta – atualizadíssimo -, de Leopoldo Vieira, sob o título acima:

Mas, uma coisa é certa: com Serra será reaberta a caixa fechada de maldades contra os jovens deste país, que fazia “João” dizer no vídeo da campanha Lula Presidente 2002 que “ninguém nasce mau, ninguém nasce bandido, tudo é só uma questão de oportunidade”.
Assim termina meu artigo O que os jovens devem esperar de José Serra, grande, mas que permite comparar o discurso do candidato tucano para a juventude com sua prática enquanto governador de São Paulo. Ele também pode ser lido aqui.

“Essa aliança, o eleitor do Almir não vai digerir”

De um Anônimo, sobre a postagem Omissão no PSDB cria precedente para futuras traições:

Não sei não, mas acho que o ingresso do Almir Gabriel na campanha do deputado Juvenil foi um passo mal dado. Pro Juvenil.
Explico: derrotar o Almir nas eleições 2006 foi o grande projeto do PMDB e do PT com o discurso de que ele representava o que é de mais retrógrado na política do Pará. E agora?
O discurso do Almir contra o Jader éra o que fazia a diferença, tipo o jargão: "No meu palanque não sobe corrupto". E agora ,o que houve? Agora é ele quem sobe no palanque de quem ele chamava de corrupto ou o "cara"não era tão corrupto assim?
O eleitor do Almir aceita essa aliança ou vai acontecer com ele o que aconteceu com Alacid em 1983, com Xerfan e Socorro em 92, com Jarbas em 94, com Gueiros em 98, Ademir em 02 e Gueiros para acabar de vez em 2004. Esses ficaram em frangalhos politicamente falando.
Essa aliança, o eleitor do Almir não vai digerir...
Mas serve para a vingança pessoal contra o Simão e vai ser bem explorada pelo PT na TV.

Ana Júlia e Jatene, depois das convenções

Da governadora Ana Júlia Carepa (PT), candidata à reeleição, em seu Twiitter:

Militância de 13 partidos estavam presentes na Convenção do PT. Preparados para ataques e baixarias que continuaremos sofrendo. Vamos à vitória!
Dez mil pessoas na convenção. Obrigada, companheiros(as). Essa energia aumenta + minha disposição. Vamos com militância colocar tutano nas canelas.


De Simão Jatene, candidato ao governo pelo PSDB, em seu Twiitter:

O governo pretendeu nos isolar. Levou as siglas partidárias, mas não levou os partidos, os militantes e muito menos o povo. Obrigado.
A convenção mostrou hoje [ontem] que a maioria da nossa gente não se vende nem se rende. Foi uma grande alegria. Muito obrigado.

A corrida pela presidência e pelo governo nos Estados

Clique aqui para saber ficou o mapa das candidaturas ao Planalto e ao governo em todos os Estados e no Distrito Federal.

Charge - J. Bosco

Acesse o Lápis de Memória

Órgãos constatam a tragédia que é o sistema penitenciário

Celas superlotadas, detentos dormindo no chão, denúncias de maus-tratos, ratos convivendo com os internos e demora no julgamento dos casos. Esta foi a realidade constatada por representantes da Comissão de Direitos Humanos, da Assembléia Legislativa, ao visitar, ontem, juntamente com integrantes outros órgãos e entidades, a delegacia de polícia, do bairro do Marco, e duas unidades de ressocialização de presos mantidas pelo Governo do Estado: Centro de Recuperação Feminino (CRF) e Centro de Internação do Adolescente Masculino (CIAM), este voltado ao atendimento de crianças e de adolescentes em conflito com a lei.
A Comissão foi formada por representantes da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Justiça do Estado, do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil (Secção Pará), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, da Pastoral Carcerária e do Emaús. Eles foram operacionalizar o monitoramento do sistema carcerário do Estado, conforme deliberação da audiência pública promovida pela Assembléia Legislativa para debater o assunto.
Devido à gravidade dos casos encontrados, o presidente da Comissão, deputado estadual, Arnaldo Jordy (PPS) informou que um relatório com as denúncias será elaborado e encaminhado às autoridades locais, nacionais e até internacionais com pedido de providências e alerta à situação a que os detentos são submetidos no Pará. “É uma tragédia humana o que estamos vendo aqui. É impossível alguém achar que esses presos vão sair recuperados à sociedade com essas condições”, lamentou Jordy, indignado também por cerca de 60% dos detentos estarem na condição de presos provisórios, com muitos sem qualquer acesso a advogados, mesmo via defensoria pública.
As condições encontradas tanto na delegacia como nas unidades de ressocialização são precárias e subumanas. Na delegacia do Marco, em uma das celas de aproximadamente 3X3 metros se espremem 13 presos, sendo que há bem pouco tempo existiam 23. No local, o calor é insuportável e os detentos tem dificuldades até mesmo para dormir porque os colchões ficam no chão e são insuficientes. Fora os ratos que trafegam a noite pelo espaço.
No Ciam, a situação também é grave ao ponto do Ministério Público já ter decidido que vai pedir o fechamento do local pelo fato de o prédio não oferecer condições de funcionamento. No local, há 83 adolescentes internados, divididos em dez celas, com a maioria deles dormindo em colchões no chão, freqüentado permanentemente por ratos e outros insetos. Um dos menores chegou a mostrar a perna infestada de coceiras. Os adolescentes também reclamaram dos maus tratos que viriam recebendo, inclusive com o uso de spray de pimenta pelos agentes penitenciários.
Na visita ao Centro de Recuperação Feminino, mais situação trágica por conta das celas superlotadas e da falta de higiene no local, com ratos circulando livremente durante a noite entre as detentas. Em uma cela de menos de 2 x 2 metros ficam alojadas em torno e dez presas, com a metade delas dormindo no chão. Como as celas funcionam numa espécie de contêineres, o calor no lugar chega aos índices do insuportável.
Números levantados pela Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa mostram que cerca de 70% da população carcerária do Estado é formada por jovens entre 18 e 24 anos, e que segundos dados do Infopen – Sistema de Informações Penitenciárias - 58% dos presos do Estado são provisórios. Em números absolutos, significa que das 8.611 pessoas custodiadas no sistema penitenciário do Pará, 5.064 não foram julgados.

Fonte: Assessoria de Imprensa

A lei e a moralidade derrotados. Sempre!

De um Anônimo, sobre a postagem O acordo PTB-PT é mesmo um acordo? Se não é, o que é?:

O prefeito Duciomar Costa não cumpre decisão judicial, e nada acontece com ele.
Será que será impedido de firmar esse acordo lesivo para o município de Belém?
A lei e a moralidade sempre são derrotados neste Estado.
Uma pena.

Helenilson estende os olhos sobre a eleição de 2012

Ser escolhido como vice na chapa do tucano Simão Jatene aproxima o jurista Helenilson Pontes (na foto) de um sonho: eleger-se prefeito de sua terra, Santarém.
Se Jatene ganhar a eleição, Helenilson, a menos que os ventos das birutas políticas soprem ao contrário de suas pretensões, fatalmente será candidato a prefeito de Santarém no pleito de 2012.
Na última eleição, em 2008, ele bem que tentou, mas não conseguiu nem ao menos ser candidato a prefeito da Pérola do Tapajós.
Essa foi uma das razões que o levaram a deixar o PMDB para procurar mais espaço em outra legenda, no caso o PPS.
E tem mais.
Uma eventual candidatura de Helenilson a prefeito de Santarém será mais um obstáculo às pretensões do deputado federal Lira Maia (DEM), que tenta a reeleição.
Por isso mesmo, a indicação do jurista para ser o vice na chapa de Jatene representou um golpe adicional ao DEM, que interpretou a escolha de Helenilson como a reiteração, a confirmação de que os tucanos não fazem mesmo questão de compor com os democratas no Pará.
Ou por outra: podem até fazer questão de compor, mas não demonstram isso.
Nem claramente, nem dissimuladamente.

Jader é interlocutor assíduo do senador Flexa Ribeiro

O senador Flexa Ribeiro, proclamado ontem como candidato ao Senado pelo PSDB, continua a ser um dos mais assíduos frequentadores do escritório político do deputado federal Jader Barbalho, candidato do PMDB ao Senado.
Flexa continua convicto de que será o destinatário do segundo voto ao Senado, provindo, evidentemente, do PMDB de Jader.
Isso é o que está combinado.
Combinadíssimo, digamos assim.
Resta saber se a combinação se estenderá aos russos, no caso, os eleitores.
Por meias palavras ou claramente, interlocutores já disseram ao senador para não acreditar muito nessa história de que, disputando sozinho uma vaga ao Senado pelo PSDB, será beneficiado também pelo segundo voto que vem de lá dos pagos peemedebistas.
Mas Flexa, com a mão firme no arco, está certo de que tem condições de flexar o eleitor – no bom sentido, evidentemente – e conquistá-lo em quantidade suficiente para lhe garantir a reeleição ao Senado.
Então, é isso.
Começou a campanha.
Um, dois, três e já...

Cargo para Antônio José está garantido no TCE

Se o candidato tucano Simão Jatene emplacar um segundo mandato como governador do Pará, na eleição de outubro, o doutor Antônio José Guimarães tem lugar garantido como conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Antônio José Guimarães?
É.
Ele mesmo.
Antônio José Guimarães, que há mais de 20 anos é o fiel escudeiro do deputado Jader Barbalho.
Discretíssimo, avesso aos holofotes, habilidoso nas negociações e capaz de interpretar corretamente – e sem suspiros - até os suspiros de Jader, Antônio José foi o interlocutor preferido do deputado nas negociações com representantes de vários partidos, em todo o período que antecedeu as convenções.
No prédio de Jatene, por exemplo, Antônio José foi com tanta frequência que já era até conhecido dos porteiros.
Pois é.
No pacote – pacotaço, dirão alguns – de recompensas que Jatene dará ao PMDB, caso passe mesmo para o segundo turno, tenha o apoio de Jader e vença a eleição, está a indicação do doutor Antônio José para ocupar um cargo de conselheiro do TCE.
Se o script der certo, ele, o doutor já pode até abrir as champanhotas.
Mas tem uma campanha inteira pela frente, não é?
É hora, pois, de começar a campanha.
Um, dois, três e já...

MPF faz recomendações para o registro de candidatos

O MPF expediu na última terça-feira recomendações para garantir o critério da ficha limpa dos políticos que vão registrar candidaturas no Pará. O prazo para o registro termina em 5 de julho, a próxima segunda-feira, e, até lá, informações sobre processos civis (por improbidade administrativa), sobre o registro profissional e sobre demissões do serviço público terão que ser consultados.
Pelas regras introduzidas com a Lei Complementar nº 135/20, a Lei da Ficha Limpa, político que tenha tido o registro profissional cassado pelo conselho competente, que tenha sido demitido do serviço público e que tenha condenação de órgão colegiado por improbidade administrativa terá que ficar fora das eleições por oito anos.
As recomendações emitidas pelo MPF foram para os partidos políticos e coligações, para a Advocacia Geral da União, a Advocacia Geral do Estado e para os conselhos regionais e órgãos de fiscalização profissional. Os partidos devem providenciar, antes de registrar seus candidatos, certidões junto ao Tribunal de Justiça, para afastar eventuais condenações por improbidade administrativa.
As certidões emitidas pelo Tribunal de Justiça foram inclusive objeto de uma resolução, aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral, que obriga a apresentação, no momento do registro, da nova certidão. Quem não tiver, não poderá se registrar.
Já os conselhos regionais de fiscalização profissional, Advocacia Geral da União e do Estado receberam a recomendação para que colaborem com a implementação da ficha limpa, levantando dados e divulgando a lista de quem teve registros profissionais cassados ou foi demitido do serviço público, considerados inelegíveis pelas novas regras.
As informações deverão ser enviadas à Procuradoria Regional Eleitoral, setor do MPF responsável pela fiscalização das eleições.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Fator Marina


Marina Silva é o diferencial desta campanha. Mulher de origem humilde e aparência frágil, sua candidatura constitui um desafio à ostentosa Dilma Rousseff. É uma pedra no caminho de Lula e Serra. Dilma também é mulher, porém a aura de poder à sua volta dá-lhe o contorno dos césares.
Marina é a candidata mais sabatinada de todos. Sua fé em Deus, um dos principais alvos. Perguntam-lhe sobre criacionismo e união homoafetiva. Curiosamente só a ela. Parece que estamos elegendo um bispo. FHC foi mais poupado.
Mas o fator Marina pesa mesmo nos bastidores evangélicos. Quem diria! Igrejas protestantes no Brasil têm apregoado há décadas que o país precisa de homens públicos com temor de Deus. Sempre condenaram candidatos que buscam recursos no sincretismo religioso. Muito embora haja quem aplauda efusivamente qualquer figura que carregue no peito a faixa presidencial.
Nos últimos anos, boa parte da liderança de igrejas brasileiras politizou-se. Há tempo que púlpito virou palanque. Nunca o contrário, porque ministro religioso dessa estirpe não sabe mais pregar o Evangelho. Algumas convenções de pastores têm o governo como principal caixa. Por isso mercantilizam abertamente o voto do rebanho. Algo asqueroso! Política e religião quando se casam geram monstrengos. Monstrengos que afugentam crentes. Só estes, porque simpatizantes e aliados políticos não se assustam com nada.
Em nível estadual e nacional, dirigentes de convenções de pastores costumam tecer alianças nesta época. Sempre foi assim. Em São Paulo, prefeito e governador abrem os grandes conclaves nacionais. Têm direito à voz e quase ao veto. Aqui no Pará, já ouvi presidente de convenção de pastores gabar-se de sentar à mesa para almoçar com a governadora do Estado. A troco de quê? Meditação bíblica? Oração? Conselhos éticos? Nunca. Alguns políticos são mais santos.
Chegou a hora da verdade! Será que essa parte venal da liderança das igrejas evangélicas vai fechar com Marina? Seriam capazes de apostar em nossa irmã na fé, mesmo sabendo que poderão perder privilégios? Duvido. Esse pessoal não está interessado em nada, a não ser em investir no mercado imobiliário e aumentar a criação de gado. São essas as ovelhas que eles conhecem. Vai cair a máscara!
José Serra e Dilma estão convidando a liderança das igrejas. Querem a todo custo excluir o fator Marina. Nem precisava! Marina Silva já está dando muito bem o seu recado. É, como comparou-se, uma frágil "Davi" diante de "Golias". A pedra já foi arremessada. E muita gente vai tombar.
Já estou pensando no argumento que alguns religiosos vão utilizar contra o fator Marina. Eles dirão que oraram, e Deus lhes mostrou Dilma ou Serra. Outros dirão que tudo tem seu tempo: Marina vai governar quando for "o tempo de Deus". Os mais técnicos dirão que o Brasil está no rumo certo e eles "não podiam" mudar isso. Seguindo o espírito da Copa, justificarão que "em time que está ganhando, não se mexe". E daí por diante. Podemos esperar tudo.
Agora, de criatividade mesmo precisarão se, apesar da negativa, Marina Silva chegar à Presidência: "Foi a vontade de Deus". "Apesar de tudo, votei nela". "Eu senti que ela ia vencer". "Vamos render um culto em ação de graças pela vitória de nossa irmã!"...
Nesse mesmo dia Marina será procurada. Haverá gente interessada em alianças para um eventual segundo mandato. Outros se oferecendo para almoços. Tomara que a presidenta tenha guardado algumas pedras: ainda existirá um exército de golias escondidos atrás da Bíblia.

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RUI RAIOL é pastor e escritor (www.ruiraiol.com.br)