segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Bolsonaro continua o mesmo. Mas o bolsonarismo foi o grande vencedor destas eleições.

Bolsonaro durante a pandemia: sua conduta sempre excrementosa não pode
esconder o fato de que o bolsonarismo foi o vencedor das eleições deste domingo

É fato: Bolsonaro continua a ser aquele que sempre foi - fascista, debochado, misógino, apologista de torturas, excrementoso e incompetente. Em resumo: o pior presidente em cinco séculos de história do Brasil.
Mas também é fato: o bolsonarismo - não Bolsonaro, mas, repita-se, o bolsonarismo - foi o grande vencedor das eleições deste domingo (02).
A escolha de cerca de 100 deputados federais, de 14 novos senadores e da maioria dos novos governadores que abraçam o bolsonarismo representam uma demonstração avassaladora e eloquente de que a direita, mesmo com a derrota de Bolsonaro para Lula no primeiro turno, por um diferença de 6 milhões de votos, começa a deixar de ser uma horda que se alimentava puramente do antipetismo para assumir uma feição de campo político um pouco mais orgânico, disposto a mobilizar-se com unidade e coerência para disseminar valores ora conservadores, ora reacionários, ora fascistas - mas todos, inegavelmente, de direita.
Nesse contexto, ainda que Lula seja o próximo presidente, seu desafio para governar será imenso.
Muito maior do que nos seus dois primeiros governos.

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