quarta-feira, 11 de maio de 2022

"elenão": em artigo antológico, uma mulher alerta para a misoginia indisfarçável de Bolsonaro


Leitores da Folha de S.Paulo, edição desta quarta-feira (11), que degustaram esse artigo de Mariliz Pereira Jorge, publicado ao pé da página 2, já podem considerar-se recompensados, antecipadamente, por tudo o que esperam dispor do jornal ao longo deste ano.
O texto é antológico.
Aliás, para quem não se lembra, Mariliz é a mesma autora de outra peça antológica: o artigo publicado em 18 de março do ano passado, no qual ela registrou, em todo o corpo da coluna, nada menos do que 194 adjetivos - todos contundentes, todos ferinos, certeiros e verdadeiros - para qualificar Bolsonaro, esse inqualificável.
Estão lá canalha, crápula, basculho, genocida e mais 190 adjetivos (eu, quando li, acrescentei mentalmente uns 900 outros).
O artigo de hoje é antológico e oportuno porque Mariliz desnuda o fato de que Bolsonaro, espertamente, usa com frequência alguns códigos verbais - ou comportamentais, que sejam - para dar impressão de que suas desprezíveis qualidades, entre as quais a misoginia, seriam apenas episódicas, ou mesmo decorrentes de um fanfarrão de botequim, de um boquirroto grosseirão, dado a meras irreverências e informalidades aparentemente inofensivas.
Sóquinão.
Não se enganem. Ninguém se engane: Bolsonaro é o que parece, é o que demonstra ser, é o que faz questão de parecer que é, é o que faz questão de ser.
Inacreditável é que tanta gente, inclusive mulheres alvos de sua misoginia, não se deem conta disso.
Inacreditável.
Enfim, leiam o artigo.
E regalem-se!

Um comentário:

Anônimo disse...

"Difícil mesmo é achar que por trás de um ser tão desprezível qto Bolsonaro haja uma mulher que seja diferente dele"...São isso mesmo PODRES e DESPREZÍVEIS!!