quarta-feira, 15 de março de 2017

Corramos todos de Bruno Fernandes. Corramos!


Boa Esporte, de Varginha (MG) tem seu site hackeado, perde patrocinadores e vira alvo da repulsa nacional depois de contratar o goleiro Bruno Fernandes, condenado por homicídio triplamente qualificado no caso envolvendo a morte de sua ex-namorada Eliza Samudio.
Bem-feito para o Boa Esporte.
Porque essa alegação de dirigentes do clube, de que criminosos como Bruno Fernandes precisam ser ressocializados, é deveras comovente, enternecedora, cativante e reveladora de enorme, edificante generosidade humana.
Mas Bruno Fernandes deveria ganhar essa chance depois de cumprir sua pena, não é? E ele ainda não a cumpriu. Aliás, a decisão que o colocou em liberdade, da lavra do ministro Marco Aurélio Voto Vencido Mello, do augusto Supremo, é provisória, portanto dependente de ratificação do plenário quando for julgada no mérito.
Mas o certo é que, mesmo provisoriamente, e da mesma forma com que estende as mãos da generosidade ao autor de uma crime hediondo, por que o Boa Esporte não presta um auxílio à família da vítima de Bruno?
Só o criminoso é que precisa de compreensão e generosidade?
E a família da vítima de um crime horroroso, não?
Ah, sim.
Em entrevista coletiva nesta terça-feira (14), Bruno disse assim: "As pessoas correm de mim pelo o que aconteceu no passado."
Sim. O pessoal da redação aqui do blog corre de Bruno Fernandes.

Pelo menos por enquanto.

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