Alguém já pensou na possibilidade de ingressar com alguma medida judicial - um mandado de segurança, por exemplo - para acabar com esse fuzuê que a TAM está fazendo, desde a semana passada, no aeroporto de Belém?
A situação é complicada, não é?
E mais complicado ainda é que as alegações apresentadas pela TAM não indicam que o motivo para sua recusa em operar numa das pistas de Val-de-Cans será removido em horizonte próximo.
A empresa sustenta, desde a semana passada - quarta-feira, mais precisamente -, que continuará se recusando a operar em caso de acúmulo de lâminas d’água ou pista severamente molhada. Fará isso, complementa a voadora, para resguardar a segurança dos passageiros.
Grande!
Grande, TAM!
Grande TAM!
A complicação está no seguinte.
Os rigores do inverno em Belém ainda nem estão no pico. Até maio, é chuva que não para mais. Chuva não: aguaceiro mesmo. No duro.
Mais: a Infraero diz que a pista de Val-de-Cans está em inteiras condições de aterrissagem e decolagem. E tanto é assim que outras companhias operam sem problemas.
A Infraero já disse não ver necessidade de fazer qualquer reparo na pista que a TAM aponta como mais apropriada para amerrissagens do que para aterrissagens.
Como os torós belenenses e amazônicos só devem amainar lá para junho, é impertinente concluir-se que essa situação vai perdurar até o final deste semestre?
É um exagero concluir-se que por mais uns quatro ou cinco meses a TAM vai ser alvo da - justa - revolta de passageiros que estão prejudicados com atrasos e cancelamentos de voos, que ontem bateram em mais de 45% nos últimos dias?
Parece que não.
Parece que tais conclusões são razoáveis, considerando-se as alegações da TAM, contrapostas às da Infraero.
Daí ser razoável, igualmente, imaginar que algum poder precisa alevantar-se - ou levantar-se, se vocês quiserem - para, das duas, uma: ou para compelir a TAM a voar; ou para obrigar a Infraero a fazer reparos capazes de eliminar supostos e presumíveis riscos a que estariam expostos os passageiros de aviões que utilizam pista com lâmina d'água em nível acima do tolerável.
Os passageiros, sem dúvida, é que não podem ser prejudicados.
4 comentários:
O Ministério Público Federal tem que imediatamente ingressar na questão, especialmente para solicitar da Infraero e da TAM as respectivas razões. Não podemos perder de vista que a pista sofreu obras recentemente. E se a obra não serviu pra nada? Ai sim caberá uma ação de obrigação de fazer imediata contra a Infraero.
Pois é : ou a TAM, muito zelosa com a nossa segurança, está certa, em função dos supostos problemas na pista, ou a GOL, a Azul e as demais, estão colocando os passageiros em risco de morte, literalmente.
As condições físicas da pista são facilmente avaliáveis(ao contrário de condições climáticas, que têm uma subjetividade onde cabe aos pilotos decidirem se pousam ou não, p.ex).
Então, cabe à Infraero e ANAC responderem - com um simples SIM ou NÃO - a apenas uma pergunta : a pista propicia condições seguras de pouso e decolagens durante as chuvas?
A partir daí, que venham o Ministério Público, os PROCONs, as OABs, os advogados, os cidadãos e processem o lado que está errado : a TAM se a resposta for SIM, ao questionamento acima, e , em caso de resposta negativa, a GOL, a Azul, a TRIP e as demais empresas que estão colocando os passageiros em risco de morte.
As autoridades aeroportuárias obrigatoriamente deverão constar no lado demandado, como Réus, vez que se omitem em dar uma resposta rápida à questão, ou seja : quem está com a razão. São pagos para isso e nada fazem.
Em princípio, a partir do momento em que a Infraero recebeu a obra e a quitou, entendo que a considerou construída dentro dos padrões exigidos na licitação, que , em princípio, também, devem estar corretos.
É, escancaradamente, uma questão de lógica. Se uma empresa não pousa por questões de segurança, por que as demais estão pousando? Lá se vão quase 7 dias nessa agonia e eles nada sabem, nada ouvem, nada fazem, nada querem.
Infelizmente, boicotar um monopólio(ou um duopólio, vá lá) não é fácil, mas seria muito bom se pudéssemos fazer isso.
Kenneth
Essa Tam é um tremendo Dulciomar, gente.
Cara de pau sem limites; desfaçatez total, não está nem aí para a repercussão negativa do serviço porcaria que vende em preço de luxo.
E assim age por saber da impunidade, que nada acontece.
É ou não é um Dulciomar?!!
A tam só ta fazendo isso pois seus aviões são lata velhas voadoras e se pousam em um aeroporto com a pista um pouco mais molhada, derrapam e acontece aquelas tragédias tipo o JJ3054 porque o piloto fica confuso com o avião com manutenção precária juntando com a competência maravilhosa da infraero, pois para operar no Brasil a manutenção tem de ser bem feita, pois para pousar em nossas pistas, então a empresa está só assumindo a precariedade que está suas operações
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