A quatro dias do plebiscito que vai decidir se o Pará continuará íntegro ou será dividido, monitoramentos diários, feitos com um considerável grau de precisão, revelam que aumentou a vantagem do "Não" em relação ao "Sim".
As aferições compreendem todas as regiões do Estado, inclusive, é claro, aquelas formadas por municípios que integrarão os dois novos Estados - Tapajós e Carajás -, caso venham a ser criados.
No front do "Sim", desde o último final de semana, depois dos debates em emissoras de televisão, vozes influentes das frentes que defendem a criação dos dois novos Estados admitiam que a enorme vantagem do "Não" sobre o "Sim" - de 30 pontos percentuais, segundo a última pesquisa DataFolha - tornou irreversível a vitória dos antidivisionistas.
E apresentavam dois argumentos como fatores básicos que teriam convencido a maioria de que o "Não", nas atuais circunstâncias, é a saída menos pior para o Estado.
Primeiro: em vários círculos do "Sim", estabeleceu-se o amplo reconhecimento de que a campanha do "Não" atingiu plenamente o objetivo de carimbar os separatistas como subordinados a interesses meramente político-eleitorais. Entre boa parte da população, inclusive nas áreas que pretendem se separar, esse argumento teria sido decisivo para disseminar a convicção de que a separação do Estado não passa de coisa de político interesseiro.
Segundo: segmentos do "Sim" não imaginavam que a camapanha adversária fosse explorar com intensidade - e com êxito - a relevância dos valores regionais que, de uma forma ou de outra, estão impregnados entre a grande maioria dos habitantes do Estado, independentemente de terem nascido no Pará ou de terem imigrado pra cá.
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