De um Anônimo, sobre a postagem O Pará além do plebiscito:
Nasci e resido no Sudeste. Nesses últimos dias, e à distância de milhares de quilômetros, venho assistindo a esse crucial momento político e administrativo para o povo do Estado do Pará.
Permitam-me contar um fato real. Semanas atrás, eu e familiares estávamos em um hotel de uma aprazível cidade do Circuito das Águas de São Paulo. Conhecemos e batemos um bom papo com um casal da Região Metropolitana de Campinas (SP). Ele e ela, influentes advogados e ativos na vida política e administrativa da cidade onde residem.
Indo ao assunto: a certa altura do bate-papo, o advogado e político sugeriu para minha filha (doutora em engenharia) e para a minha neta (prestando vestibulares para Direito) que não perdessem a oportunidade de participar de criação de um dos novos Estados, Tapajós ou Carajás. Discorreu sobre os desafios, implantação de instituições, criação de universidades, constituição do arcabouço jurídico, administrativo e tributário de um novo Estado etc. Seria um início penoso de adaptação, talvez em uma localidade carente em infraestrutura (luz, água, esgoto, hospital, escolas, comércio diversificado), mas seria questão de tempo para galgar na carreira profissional, ou atividades autônomas e empresariais, e ganhar dinheiro o suficiente para "se aposentar" em 10 ou 15 anos, em condições de até poder optar por voltar a residir na terra natal, no Sudeste.
O que a “bem intencionada sugestão” acima me fez pensar?
Eis um "destino" que herdamos do colonialismo luso-espanhol: contaminação pelo "vírus" de se aventurar, conseguir riquezas e depois poder voltar para a "terrinha" e comprar um "título de nobre da Corte". O resultado, desse “estilo e valores” que herdamos, é conhecido e vivido por todos aqueles que não pertencem à elite dirigente: concentração de riqueza em mãos de poucos, miséria e pobreza para muitos.
Esse antigo sonho de riqueza e poder continua vivo nos descendentes dos primeiros colonizadores?
Sim, podemos perceber no modus operandi dos políticos, autoridades e muitos empresários brasileiros, e entre os vizinhos latino-americanos, também.
Se esse "estilo" e "destino" herdado do colonialismo luso-espanhol for praticado nos novos Estados, caso o plebiscito aponte vitorioso o "Sim", tudo continuará na mesma ao que é no Estado do Pará e todos os demais Estados brasileiros: simplesmente, novos integrantes das novas "elites", um certo número de "remediados" e a maioria de sempre, constituída por pobres e miseráveis "vítimas do destino, ou Deus quis assim...".
A lição, em caso do “Sim” vitorioso no plebiscito?
Ser pioneiro e empreendedor é uma coisa, ser aventureiro-explorador- oportunista é outra coisa. Cuidado, muito cuidado com os milhares de aventureiros "nativos" e "forasteiros"!
Que Deus Abençoe o povo paraense nessa importante decisão. Amém.
3 comentários:
Vota não e apóia este projeto político falido que há anos vem administrado o Pará, são sempre os mesmos, e só verificam quem são os políticos que representa o não eles não tem a menor responsabilidade com os pobres, só lembra-se deles em período eleitoral, eu não acredito que qualquer cidadão de bom senso que não seja comprometido com político ache que esta tudo mil maravilha, vota não e continua da forma que esta sem uma educação de qualidade, falta de infra estrutura e a saúde precária, só que este não e apena um problema só da região do Tapajós ou Carajás, quem assistiu a reportagem a nível nacional vir que ai em Belém no bairro terra firme as pessoas estão vivendo em pleno abandono já imaginou no restante do estado, e hora de termos a coragem de muda votando 77 Sim esta e uma oportunidade de ouro de fazer vale o nosso direito de cidadão.
A turma do não só aprendeu dizer uma coisa, aliás, duas: não e não. O que não dá pra entender é forma obscura como falam na campanha: Querem dividir o Pará, assim parece que quem quer dividir o Pará são alienígenas ou até um grupo de estrangeiros. Quem quer dividir o Pará são paraenses, paraenses de verdade, por uma razão simples; não aguentam mais serem tratados de forma tão desigual, com tanta iniquidade que culminou com o sentimento de divisão.
Cá entre nós, honestamente, não é possível administrar esse Estado com esse tamanho todo, portanto, dividir é uma forma de melhor administrar. Ademais, tudo é Brasil, ninguém é dono de nada, somos posseiros de nosso estado, tudo passa. Essa história de deixar só a cuia é coisa de paraense que só vai até Ananindeua (município colado a Capital) não conhecer sua própria cidade exemplo os moradores do bairro terra firme que são excluídos dos direitos básicos em plena região metropolitana, além disso, nós do oeste nem a cuia temos.
Tenho certeza que 98% dos paraenses não conhecem 0, 0001% do estado do Pará. Não conhecem ou sequer viveram por alguns segundos o drama de quem mora nessa região; digo isso por ter andado em quase todos os municípios do estado e 100% dos municípios do oeste do Pará, se as pessoas soubessem, de verdade, o sofrimento e a falta de infra-estrutura e desenvolvimento, tenho certeza, que não hesitaram em votar no 77.
Pense nisso, conheça um pouco do Pará, conheça a realidade do município que ficam distantes do centro administrativo, do centro do poder de decisões. Estamos a 900 km de Novo Progresso, viaje (de carro) de Santarém a novo Progresso e comente nas redes sociais (é Rally, se já fez tudo não precisa comentar), depois vá de barco de Santarém ao Município de Faro (são quase dois dias) e veja o que tem lá e a data de aniversário do Pará.
A sensação é de abandono, de que o tempo parou. Mas o que parou mesmo, de verdade, foram os investimentos. Pense nisso antes de votar.
Quem assistiu os debates percebeu que manter este estado da forma que esta e suicídio coletivo e quem vota contra a emancipação deste dois estado, não esta apenas destruindo o seu futuro mais também de milhares de pessoas que vivem nas regiões do Tapajós, Carajás e da região metropolitana quem teve a oportunidade de assistir a situação do povo da terra firme sem a menor infra estrutura possível de si vive, si não a investimento lá nas babas do governado você poder imaginas nas demais regiões do estado, si fala em um estado grade em união em riqueza naturais e muita demagogia e brinca com o sofrimento das pessoas, si você não depende de escola publica, do sistema de saúde ou nunca precisou da segurança publica com certeza devem esta amando o estado da forma que esta mais pensem nas pessoas que depende dos órgão públicos, e com certeza você devem tem um parente ou amigo que depende de escolas publicas, sistema de saúde e da segurança e eles devem ter muitos relatos a fazer. Nos não estamos roubando nada de ninguém tudo que vai ficar nas regiões do Tapajós e Carajás já pertence por direito a este povo tão sofridos apenas não e administrado para este povo.
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