A Real Class SPE, proprietária do edifício "Real Class", que desabou neste sábado em Belém, vai falar pela primeira vez.
Falará pela voz de seu dono, Carlos Otávio Paes.
Ao lado de engenheiros, calculistas e outros técnicos que trabalharam na obra, além de representantes de associações de classe e advogados, Paes dará uma entrevista coletiva logo mais à tarde, por volta das 15h30.
O local da entrevista ainda não está definido até este momento.
Em seu Twitter, a empresa informa que, na manhã deste domingo, levou psicólogo para visitar famílias dos operários, que estavam no prédio, no momento em que desabou.
3 comentários:
Seu Espaço, como era de se esperar os donos da empresa disseram - na coletiva - que estava tudo bem com a obra, tudo regular, ou seja caiu por força da natureza (raios, chuva, abalo sísmico), de um ET, ou foi atentado aéreo. Então, como explicar as denúncias feitas por vizinhos contra essa obra. Uma delas, foi, segundo matéria do LIB de hoje, do adv Robert Zogbi, que denunciou e a (in) justiça de Belém (novidade!) negou andamento a ação.
Bem, vamos ver agora. O MP acabou de interditar - com deliberação da justiça - o acesso ao escritório da Real (esperamos que não tenha havido nenhuma combinação para tirar os docs antes). Esperamos também que o CREA pare de $e preocupar tanto com a empresa e engenheiros e cumpra sua missão social: fiscalize da forma mais isenta possível (se é que isso é possível pra entidade no Pará). Espera-se também que governo e prefeito coloquem suas respectivas máquinas para cumprimento da legislação pertinente à estrutura de prédios (altura, peso etc). Os titulares desses cargos também bem que poderiam visitar as famílias dos operários e buscar saber como está a vida das famílias que moram no entorno, que de certa forma, estão desabrigadas (e, amanhã, começa a semana: tem trabalho, escola compromissos de um modo geral, e aí?. Mas, nesse momento, acima de tudo, que as autoridades resgatem as possíveis vítimas que ainda estão sob os escombros do R. Farias II.
Prof. Demócrito
E que as vítimas sejam devidamente indenizadas, pela perda de vidas, de casas, de tudo o que tinham, porque, como se vê no
Brasil, vide Sérgio Naya, as vítimas penam e não conseguem nada, como se acidentes fossem, sempre, culpa da natureza, ou pior, do destino. Segundo consta, o calculista afirmou que a culpa teria sido de uma falha geológica no terreno. Mas eles construíram um edifício de 34 andares sem estudar as condições geológicas do terreno antes? E o Crea librou a construção assim mesmo? Quantos prédio ainda cairão, quantas vidas serão extirpadas pela ganância das construtoras, antes que se organize a sanha imobiliária na cidade? Até quando vereadores aprovarão leis liberando a construção desordenada? Até quando fiscais fiscalizarão a propina que recebem?
Quando se descobre que há corrupção no estado do Amapá e no Distrito Federal, sabemos também que lá não são os únicos estados que há corrupção e que pode estar ocorrendo o mesmo no nosso. Assim como caiu esse prédio, o que nos impede de imaginar que outros da construtora ou das outras construtoras não estão no mesmo estado?
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