sexta-feira, 23 de abril de 2010

Ana Júlia sofre pressões internas, após visita a Jader

Um observador atento – e não apenas atento, como sereno, muitíssimo bem informado e de notória competência na política – traz a sua contribuição para estas, digamos, projeções que decorrem da tentativa de recomposição entre PT e PMDB, operada concretamente na última segunda-feira, a partir da visita da governadora Ana Júlia ao presidente do PMDB no Pará, deputado federal Jader Barbalho.
Acha o leitor que a governadora, por iniciativa própria, foi até o presidente do PMDB movida pelo instinto de sobrevivência, que vale para a vida e para a política.
Uma atitude, sem dúvida alguma, desprendida, corajosa, impetuosa, arriscada.
Pode ser que a governadora tenha forjado (no bom sentido do termo) uma forma para restaurar a aliança que a conduziu à vitória em 2006.
Pode ser ainda, acrescenta o leitor, que a governadora tenha sido tomada por um impulso (mais um impulso, dentre tantos que caracterizam a atuação de Sua Excelência) de desgarramento em relação ao "núcleo duro", que a tem conduzido para o "gueto", para o córner da arena política.
Aliás, o blog já saudou como positivo o fato de Ana Júlia, parece, estar percebendo que há vidas inteligentes – muitíssimas – fora desse nucléolo.
Pois é.
Pode ser tudo isso.
Podem ser todas essas possibilidades mencionadas pelo leitor.
Resta observar os próximos lances, os próximos passos.
A julgar pela trajetória recente, convém apostar que são grandes as possibilidades de que o gesto da governadora não se consolidará como uma inflexão consistente na direção de recomposição política, como uma mudança efetiva de postura, como uma atitude clara de retomada do comando do governo.
Um comando que, efetivamente, foi entregue a um ou dois – mas a um, do que a dois – integrantes do núcleo duro que sempre orbitou em torno de Ana Júlia (ou terá sido ela que sempre orbitou em torno desse nucléolo?).
“Neste exato momento, Sua Excelência está a sofrer as pressões do seu grupo íntimo de poder, que não avalizou o seu gesto”, garante o observador.
Muitíssimo bem informado.
Sereno.
Ponderado.
Atento.
E um craque na política.

2 comentários:

Anônimo disse...

Assessores especiais: a farra de nomeações para o governo continua
Escrito por Ronaldo Brasiliense
Sex, 23 de Abril de 2010 10:26
Bem que o governo de Ana Júlia Carepa (PT) tenta esconder, colocando as nomeações dos assessores especiais bem no finzinho dos decretos publicados no Diário Oficial do estado. Mas, não adianta: mais quatro assessores especiais foram nomeados hoje, 23, para a Governadoria do Estado. Está formado o maior exército dee cabos eleitorais do PT e agregados. Nunca antes na história do estado houve algo parecido. Cabos eleitorais - mais de 2.100 - pagos com o meu, o seu, o nosso dinheirinho. Pelos nossos cálculos, são mais de R$ 4.000,000,00 (Quatro milhões de reais) que o governo Ana Júlia gasta mensalmente em salários para manter essa horda de aspones. Em sete meses de campanha eleitoral, até outubro, serão R$ 28.000,000,00 (Vinte e oito milhões de reais) que o governo do PT gasta com assessores contratados única e exclusivamente para a campanha. Dinheiro para aumentar os salários dos professores, dos delegados e policiais civis e militares e do pessoal da saúde o governo da Ana Júlia diz que não tem. Para os assessores especiais brota dinheiro a rodo. Que o Ministério Público Eleitoral faça uma visita ao Palácio dos Despachos e procure alguém dessa turma trabalhando. Se encontrar alguém, nós pagamos o tacacá de brinde! Só não vale flagrar o ex-todo-poderoso Cláudio Puty ou o ex-líder na Assembléia Legislativa, Airton Faleiro. Se eles estiverem no Palácio, que por certo estarão fazendo uma pausa após percorrerem os municípios do interior, com diárias pagas pelo governo, com o nosso dinheiro, fazendo campanha política.


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Anônimo disse...

De onde vc tirou que a gov foi à Casa de Jader "estando ela vestida ainda com a roupa de jogging"?? Heim???