Não há dúvida.
Não restam dúvidas.
Sua Excelência a governadora Ana Júlia vai ter trabalho para se desgarrar do núcleo que a mantém refém desde o início de seu governo.
No último sábado, a Democracia Social (DS), tendência a que pertence a própria Ana Júlia, teve uma reunião.
Sua Excelência, é claro, não estava lá.
Mas estava bem – muitíssimo bem – representada.
Quem a representou é gente que, quando se manifesta, dá a impressão de que está externando o que a governadora quer dizer.
Se a governadora quer dizer certas coisas e prefere mandar que outros o digam, tudo bem.
Respeitemos as conveniências de Sua Excelência.
Tais conveniências podem até nem coincidir com as do PT majoritariamente. Aliás, frequentemente colidem com as conveniências da legenda.
Mas isso é o de menos.
Isso é, digamos, de somenos.
Se tais conveniências atendem ao que ao que é conveniente ao nucléolo que cerca Sua Excelência, então que se dane o PT, não é? Tem sido sempre assim. Ao longo de mais de três anos.
Pois é.
Continuemos, então.
Na reunião, a representação da governadora - exercida por gente da maor catiguria, da maor confiança junto à própria Ana Júlia - propôs aos companheiros presentes que fosse votada uma resolução.
Votada e aprovada, clara.
A resolução tinha o seguinte teor: prestar solidariedade ao deputado federal Zé Geraldo, de outra tendêndia, a PT Pra Valer.
Zé Geraldo, como se sabe, dias antes sentara a pua, baixara o sarrafo em Jader e no PMDB.
E no mesmo sábado em que a DS se reuniu, circulou no início da noite um artigo igualmente sentando a pua, baixando o sarrafo.
Em quem?
Em Jader e no PMDB.
Tudo a ver, portanto, com a resolução aprovada um pouco antes, proclamando a solidariedade a quem sentasse a pua, a quem baixasse o sarrafo.
Em Jader e no PMDB.
Hehehe.
Essa DS, hein?
Está aprendendo.
Ou ensinando.
Sabe-se lá o quê.
Mas que está, sem dúvida alguma que está.
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