sábado, 12 de dezembro de 2009

“Teremos a arena do Leão”

No AMAZÔNIA:

Na semana em que o Clube do Remo anunciou o lançamento do 'Nação Azul', seu programa no 'molde' sócio-torcedor, outro assunto rouba as manchetes: a venda, ou troca, do Baenão pela moderna Arena do Leão. Idealizador do negócio, o presidente azulino, Amaro Klautau, afirma que o negócio pode ser a salvação dos azulinos, já que o clube ganhará um estádio moderno, com capacidade maior do que o atual e equipado com dois campos auxiliares, que serão utilizados como Centro de Treinamento, e ainda terá a possibilidade de quitar dívidas.
Porém, para que o negócio seja concretizado, Klautau precisa da aceitação de ao menos 146 conselheiros do Clube do Remo. A decisão ainda não tem data marcada, e por enquanto o presidente corre para fazer lobby com um quinhão que pode ser decisivo para a aceitação: a torcida. Mais precisamente, a 'Fenômeno Azul'. Amaro Klautau concedeu uma entrevista exclusiva ao Amazônia e O LIBERAL, em que fala, em primeira mão, sobre alguns números que permeiam a transação.

O objetivo do Clube do Remo com a venda do Baenão não é o de quitar as dívidas do clube?
Não. O principal motivo para a venda do Baenão é o fato de, hoje, ele não atender às exigências do Estatuto do Torcedor. O Baenão hoje é um patrimônio difícil de ser administrado, com um custo muito alto e que, por várias vezes, impede o crescimento do clube. A troca do Baenão pela Arena do Leão representa a oportunidade de o Clube do Remo conseguir um estádio moderno e agrega a possibilidade de podermos quitar dívidas prementes, que atrapalham a gestão do clube. O valor do terreno que será adquirido depende da escolha de uma das quatro áreas apresentadas pela empresa, e o Clube do Remo vai analisar qual delas é compatível com a realidade financeira. Se o terreno for avaliado em R$ 4 milhões, os outros R$ 10 milhões serão utilizados para o pagamento de dívidas que prejudicam nosso orçamento. Fizemos uma pesquisa sobre todos os estádios que foram construídos no Brasil nos últimos anos. A variação do investimento por torcedor na construção de um estádio vai de R$ 1 mil a R$ 1,8 mil. Considerando o menor dos números, um estádio com capacidade para 24.500 espectadores, então, custaria R$ 24,5 milhões. E nenhum destes estádios terá o aparato da Arena do Leão, com CT, bosque, dois campos auxiliares e refeitório. Agora você me pergunta: é possível construir um estádio com R$ 18 milhões? Sim, pela parceria da Agra com a Leal Moreira. Porque o grupo não tem interesse em lucrar na construção do estádio e sim no empreendimento que virá na área onde fica o Baenão. Este grupo tem um poder enorme de barganha, com fornecedores e prestadores de serviço, o que garante construir o estádio e CT pelos valores já anunciados.

O senhor acredita que um novo estádio construído em uma área periférica pode afastar torcedores devido à violência e risco de assaltos?
De jeito nenhum. A violência hoje em Belém não se concentra em uma área específica e se abate por toda a cidade. O bairro do Umarizal, onde moro, já é um dos mais violentos da cidade. Ao contrário, um estádio moderno em uma área periférica pode chamar a atenção das autoridades e gerar uma maior preocupação em relação ao saneamento básico, à acessibilidade e à segurança pública no local.

O senhor concorda que o local será decisivo para que a proposta seja aprovada pelos conselheiros remistas?
Tenho certeza que sim. Os membros do conselho já avaliam o que a proposta oferece. Os principais pontos da questão são a estrutura, a localização e o valor da nova praça; a bola está com o Conselho Deliberativo. Precisamos da aprovação de 146 membros do Conselho e aí daremos a resposta ao grupo.

O Remo falou há alguns meses sobre a probabilidade de construir um minishopping na área do Carrossel. Ainda existe a possibilidade?
Não, porque aquele contrato foi extinto por ter vencido o prazo. Em função disso, pensamos na troca pela Arena do Leão. Já temos hoje dificuldades em homologar o Baenão para as competições que o Clube do Remo vai disputar em 2010, como o Campeonato Paraense, a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro. A capacidade do estádio é aquém do que esperamos. Além disso, quando é inverno, o Clube do Remo precisa se deslocar de seu estádio para treinar e não prejudicar o estado do gramado. O Baenão não nos oferece hidromassagem, não possui uma academia equipada, virtudes que o novo estádio vai nos oferecer. Gostaria de dizer uma coisa que até agora ninguém questionou: nós entregamos ao Conselho Deliberativo uma avaliação oficial, feita por um perito especializado. No laudo do especialista sobre a área nobre da Almirante Barroso com a Antônio Baena, a avaliação do valor da área projetada sobre os 24.000 m² do Baenão poderia variar de R$ 24 milhões a R$ 27 milhões. E a proposta que recebemos é de R$ 33,2 milhões. Estamos falando em trocar um estádio por uma arena moderna, com um Centro de Treinamento completo e capacidade para 24.500 torcedores. Não vamos perder o Baenão, vamos ganhar a Arena do Leão.

Um comentário:

Unknown disse...

eu espero que não demore para aprovar logo isso pois outra oportunidade de ter um estadio moderno não iremos ter vamos leão vamos leão agora para a arena vc merece