No AMAZÔNIA:
Parlamentares tucanos lamentaram, na sessão de ontem na Assembleia Legislativa, a decisão do ex-governador Almir Gabriel de se desligar do PSDB, após 20 anos no partido. De acordo com o líder tucano na Assembleia, José Megale, o PSDB ainda espera, em um outro momento, conversar com Almir sobre a decisão tomada. 'Nós temos que entender como um gesto pessoal. Mas não há mágoas de nenhum de nós com ele. E não existe nada que não possa ser resolvido. Quantas pessoas saíram do PSDB e voltaram e quantas pessoas ainda vão sair?', questionou Megale.
Para o parlamentar, mesmo com a perda de um nome histórico, as estruturas do PSDB não serão abaladas. 'Com Almir ou sem Almir, com Jatene ou sem Jatene, o PSDB é um partido forte. Efetivamente, o que nós temos agora é que festejar o momento. Por onde a gente passa o povo pede Simão Jatene. Há muito tempo não se via um PSDB tão festejado. Nós tínhamos aqui mais de 90 municípios representados (no encontro de domingo)', destacou o parlamentar.
Uma das pessoas mais próximas de Almir dentro do PSDB, a deputada estadual Tetê Santos disse ter ficado triste com a decisão do ex-governador. 'Mas não diminuiu um milímetro o sentimento de gratidão que tenho por ele e prometo ficar retribuindo em forma de trabalho tudo o que ele fez por mim', disse Tetê.
O deputado Manoel Pioneiro afirmou que já sabia da insatisfação de Almir Gabriel com os últimos acontecimentos dentro do partido. 'Mas para nós foi uma perda grande. Ele foi e continuará sendo um dos grandes líderes que o Pará teve. Nós estamos sentindo a saída dele do PSDB', revelou Pioneiro.
A deputada Suleima Pegado lembrou que, quando ainda participava ativamente do processo eleitoral, Almir Gabriel ensinou a 'fazer uma política sem ódio e sem rancor'. Por esse motivo, a atitude do ex-governador surpreendeu. 'Eu fiquei muito triste. O meu desejo é que ele não ficasse apenas como nosso presidente de honra, mas como nosso orientador. Para mim, foi uma surpresa. Mas acho que, com sua experiência, ele tem o direito de decidir o que achar melhor', disse.
O deputado federal Zenaldo Coutinho, no entanto, considerou 'surpreendente, lamentável e contraditória' a manifestação do ex-governador. 'Ele, há três anos, deixou a política do Pará. Quando ele lançou o Mário, repetia que se não houvesse entendimento ele estava à disposição. Agora que há entendimento, toma essa atitude. A decisão dele desdiz toda a história dele no partido', alfinetou Zenaldo, que também não acredita em um enfraquecimento do PSDB com a saída de Almir. 'Os históricos, os representantes parlamentares, está todo mundo unido', garantiu.
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