sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Ofir abandona doentes

No AMAZÔNIA:

Quem precisa iniciar tratamento de radioterapia no Hospital Ofir Loyola terá que aguardar até o ano que vem para conseguir agendar uma sessão. Sem opção, pacientes vivem o drama de não ter nem previsão de quando começará o tratamento. A diretoria do hospital não se pronunciou sobre o caso.
Michela Barros, filha de uma paciente, conta que está há dois meses tentando conseguir tratamento para a mãe, Maria Morais, de 65 anos, e não consegue. Segundo ela, os pacientes que precisam começar a radioterapia são orientados a ligar apenas em janeiro para agendar uma sessão. 'O simulador, que é o aparelho que começa o processo, não funciona desde julho. Não sabemos o que fazer', declara.
Para outra paciente, que preferiu não se identificar, o problema do excesso de pacientes na emergência do hospital é consequência da falta de tratamento adequado na instituição. 'Não temos nem previsão de quando a radioterapia irá voltar a funcionar, mas o câncer é uma corrida contra o tempo. Não se pode ficar esperando. Muitos pacientes do interior vêm para cá e ficam passando necessidade, pois o atendimento demora mais do que eles esperavam', desabafa.
A paciente diz acreditar que a demissão de trabalhadores temporários agravou o problema. 'Apesar de já terem sido contratados novos funcionários, eles ainda não começaram a trabalhar. O serviço em um hospital de câncer precisa de especialização e de experiência. Fica complicado trocar os funcionários de dois em dois anos, como vem sendo feito. Quando o trabalhador começa a aprender o serviço, logo é demitido', argumenta.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lamentável e dura realidade.
Realidade chocante que os informes publicitários edulcorados e coloridos do governo "pra pular", que se "preocupa com o povo", insiste em divulgar tentando enganar os cidadãos.