No AMAZÔNIA:
O ex-deputado estadual Luiz Afonso Sefer, acusado de estupro, será interrogado pela Justiça hoje. O depoimento do acusado estava marcado para o dia 27 de novembro, mas o não recebimento de uma carta precatória, com o depoimento da vítima, fez a juíza Maria das Graças Alfaia Fonseca suspender a audiência. Sefer responde pelo crime de pedofilia contra uma menina de 9 anos, que morava com ele. As informações são do Portal ORM.
No documento que deveria ter sido enviado à Justiça paraense consta o depoimento da vítima, prestado durante audiência em Brasília, no último dia 18 de novembro. Protegida pelo sigilo judicial e integrada ao programa de proteção a testemunhas, a adolescente deu detalhes sobre sua convivência com o ex-deputado, quando morava na mesma casa com ele.
Audiência - No dia 27 de novembro, três testemunhas foram ouvidas, sendo duas de defesa. Uma delas foi a irmã da vítima, uma adolescente de 17 anos que disse ter sofrido violência sexual pelo pai. Órfã de mãe, a menina disse que resolveu testemunhar ao assistir na televisão o caso envolvendo o ex-deputado e sua irmã.
Ela contou que não vê a irmã há mais de dois anos. Sobre o pai, a menina revelou ter ódio, por ter sido abusada sexualmente por ele, nascendo dessa relação uma criança que hoje está com quatro anos.
A adolescente disse também que, quando moravam juntas com o pai, teria visto 'ele olhar para ela diferente, não com olhar de amor de pai'. A menina acha que a irmã também foi abusada pelo pai e acredita que ele estaria mantendo contato e manipulando a filha para denunciar o ex-deputado.
Para o advogado de defesa Osvaldo Serrão, o pai da vítima estaria a coagindo para acusar o ex-deputado, visando alguma vantagem financeira.
A assistente de acusação, Wania Tomé, acredita que a responsabilidade criminal do réu está comprovada pelo conjunto de provas que estão nos autos. No entendimento dela, 'há provas suficientes do crime praticado pelo médico e ex-deputado Sefer', sustentou.
Sara Baia, assistente social do Programa de Proteção à Criança e Adolescente Ameaçada de Morte (PPCAAM), requerida pela promotora Sandra Fernandes de Oliveira Gonçalves, também foi ouvida na audiência.
Caso - Luís Sefer é acusado de abusar sexualmente de uma menina de 9 anos, durante três anos, período em que a vítima morou em sua casa. Pela acusação, ele foi alvo de investigação da CPI da Pedofilia do Senado e da Assembleia Legislativa do Pará.
Ele foi desligado do partido que pertencia, o DEM, e indiciado pelo crime, sendo preso no Rio de Janeiro no dia 26 de maio. Em 22 de junho, o ex-deputado conseguiu habeas corpus, foi libertado e hoje responde o processo em liberdade.
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