No AMAZÔNIA:
A aposentada Libânia de Jesus Oliveira, 89 anos, morreu na Unidade Municipal de Saúde de Jaderlândia, em Ananindeua, no final da manhã de ontem, em busca de atendimento médico. A morte revoltou os familiares da idosa, pois não havia médico na unidade. Ela passou mal logo cedo e chegou a ser levada ao Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, onde foi orientada a procurar a unidade de saúde. No posto da Jaderlândia, ela voltou a se sentir mal e morreu quando estava sendo atendida por profissionais de saúde.
Profissionais que atuam na administração do posto de saúde não quiseram ser identificados, mas disseram que não havia médico no momento da chegada da aposentada à unidade. Disseram também que o clínico geral de plantão estava em horário de almoço. Moradores da área próxima ao posto de saúde disseram ser constante a falta de médicos na unidade.
Libânia morava na rua Capitão Braga, no bairro da Marambaia, e tinha hipertensão, problemas cardíacos e enfisema pulmonar. Antes de seguir para o Metropolitano e o posto da Jaderlândia, ela chegou a ser medicada na unidade de saúde da Marambaia.
A idosa estava em uma cadeira de rodas. Pouco antes de morrer, uma neta a levou ao banheiro do setor de urgência e emergência do posto da Jaderlândia. Logo depois, Libânia passou mal, desmaiando no banheiro. A octogenária foi conduzida para um dos leitos da unidade e chegou a ser socorrida por alguns profissionais de saúde, mas acabou morrendo no local.
A Secretaria Municipal de Saúde de Ananindeua informou, por meio de nota à Imprensa, que 'de acordo com o filho da paciente Albânia Nascimento, de 89 anos, moradora do município de Belém, eles procuraram atendimento na Unidade de Saúde da Marambaia, mas ela foi transferida para o Hospital Metropolitano, que transferiu a paciente para a Unidade do Jaderlândia'. A secretaria afirma, ainda, que 'o médico de plantão estava no horário de almoço e que a paciente passou dez minutos dentro da unidade e todos os procedimentos de transferência para a Unidade de Urgência e Emergência da Cidade Nova VI foram realizados, mas idosa não resistiu e veio a óbito'. A secretaria garante que a unidade possui todos os equipamentos necessários para atendimento médico e que a paciente recebeu oxigênio.
Nervosos, familiares da idosa revoltaram-se com o fato de a unidade não fornecer o atestado de óbito, mas, segundo funcionários, como se tratava de horário de troca de plantão da manhã para tarde, não havia quem pudesse atender a essa solicitação da família. A polícia foi acionada para acabar com a discussão entre funcionários e parentes da anciã.
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