sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A fraternidade é a peça-chave

Do engenheiro agrônomo e consultor ambiental Nelson Tembra:

Em plena época da Conferência Climática COP-15, a idéia de fraternidade é a peça-chave para a plena configuração da cidadania entre os homens, pois, por princípio, todos os homens são iguais, pelo menos deveriam ser. De uma certa forma, a fraternidade é dependente da liberdade e da igualdade, pois, para que cada uma efetivamente se manifeste é preciso que as demais sejam válidas.
A fraternidade é expressa no primeiro artigo da Declaração Universal dos Direitos do Homem que afirma que "todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e de consciência e devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”.
Marcado para revisão devido a inconsistências práticas e exemplos históricos passados e contemporâneos de confiabilidade duvidosa, o substantivo feminino “fraternidade” é um conceito da investigação crítica e racional dos princípios fundamentais relacionados ao mundo e ao homem, ligado às idéias de autonomia e espontaneidade e a inexistência de desvios ou incongruências, sob determinado ponto de vista, entre dois ou mais elementos comparados.
Na prática, a fraternidade tem sido frequentemente confundida pelo mau cidadão comum, pelo mau governante e pelo mau gestor empresarial com a expressão “caridade”, que expressa um sentimento ou uma ação altruísta de ajudar o próximo sem buscar qualquer tipo de recompensa; e a expressão “solidariedade”, que expressa um sentimento ou união de simpatias, interesses ou propósitos entre os membros de determinado grupo, embora essas palavras tenham significados radicalmente diferentes.
Enquanto a fraternidade expressa a dignidade de todos os homens considerados iguais e assegura-lhes plenos direitos sociais, políticos e individuais, a idéia de caridade cria uma desigualdade ainda mais abissal, na medida em que faz crer que alguns deles possuam mais direitos e sejam superiores e portanto “generosos” quando compartilham algumas “migalhas” com os demais.
Infelizmente nem todos ou poucos são dotados de razão e de consciência conforme expresso no primeiro artigo da Declaração Universal dos Direitos do Homem, embora de todas as liberdades, a mais inviolável seja a de pensar...

Nenhum comentário: