terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Apreendida máquina de açaí

No AMAZÔNIA:

Uma máquina de bater açaí foi apreendida na vila Jarbas Passarinho na manhã de ontem, 30, em decorrência da condição de higiene inadequada onde o litro do alimento era vendido por R$ 2. O proprietário do estabelecimento e aposentado, Raimundo Ferreira, apresentava ainda aparência enferma. O Departamento de Vigilância Sanitária (Devisa), da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), responsável pela ação de retirada do equipamento, afirmou não haver os parâmetros necessários para a adequação do comerciante às normas de funcionamento estipuladas pelo órgão. A Devisa recomenda à população que denuncie a venda da polpa do fruto cujo local não atenda a aspectos elementares de salubridade.
O departamento da prefeitura chegou até a residência de dois cômodos do aposentado, no bairro do Guamá, por meio de uma denuncia anônima. A diretora da Devisa, Fátima Lima, disse que não houve aplicação de multa, apenas a apreensão do material de trabalho. 'A situação do estabelecimento é precária. A água com que se fazia o açaí estava muito suja e o senhor que manipulava normalmente o fruto apresentava tosse com secreção e dificuldade na fala', relatou Fátima.
'Consideramos que, com o estado de pobreza da família, retirar o equipamento já foi uma penalidade. Infelizmente, foi a melhor alternativa para eles e principalmente para os consumidores daquele produto', completou. Ele não apresentava sintomas da doença de Chagas, mas a diretora do órgão garantiu que será marcada uma consulta ao médico para o comerciante.
A Devisa possui um programa de capacitação especial para batedores de açaí. O treinamento funciona para que os trabalhadores tenham cuidados básicos ao lidar com alimentos para serem vendidos ao público e dura apenas um dia. As turmas são formadas por até 60 pessoas e vão até o dia 23 de dezembro, sempre às 17h.
Fiscalizar cada estabelecimento de batedores de açaí é tarefa difícil. De acordo com a diretora da Devisa, são mais de três mil batedores atuando na cidade. 'Estamos fazendo a capacitação, mas é preciso ter responsabilidade de não preparar alimentos possivelmente contaminados no seu comércio', ressaltou.
Mostras do produto foram enviadas ao laboratório e devem ser apresentadas em um prazo de 40 dias. A família Ferreira foi procurada pela reportagem e não quis conceder entrevista. Para fazer denúncias contra insalubridades em locais que vendem produtos alimentícios, a Devisa pode ser contatada pelos números 3246-8916/3266-1568.

Nenhum comentário: