Há silêncios e silêncios.
Há silêncios que revelam certas conveniências.
Há silêncios que são mais adequados quando não se tem, por exemplo, como negar uma afirmação ou uma acusação.
Há silêncios que atendem ao propósito apenas de não criar mais complicações, que fatalmente ocorreriam se fosse oferecida uma resposta a determinada declaração.
Há silêncios que podem, pura e simplesmente, indicar que o oponente está num nível tão inferior que não se deve dar atenção a ele.
E há, como vocês sabem, aquela velha máxima popular segundo a qual “quem cala, consente”.
Afinal, qual é a natureza do silêncio do dr. Edilson?
Dr. Edilson?
É, sim.
De Sua Excelência Edilson Rodrigues (na foto, da Agência Pará), secretário de Governo do governo Ana Júlia Carepa.
Doutor Edilson, sabem vocês, é aquele acusado frontalmente, nominalmente, claramente, objetivamente, com todos os efes e erres por Francisco das Chagas Melo, o Chicão, que também atende pela honraria de Émile Zola do governo Ana Júlia.
Ao deixar a Seop, na semana passada, Chico disse que bateu em retirada da secretaria quando se viu alvo do cúmulo da humilhação: uma ordem que o próprio Edilson lhe passou por telefone, para lançar mão de R$ 1,9 milhão e pagar três empreiteiras que se apresentariam, em carne e osso, no caixa da secretaria.
Pois é.
A acusação é grave.
Gravíssima.
Só faltou dizer, como Zola: “Eu Acuso!”
E aí?
E aí que, desde sexta-feira passada, o silêncio perdura.
Silêncio do governo Ana Júlia.
Silêncio da Secretaria de Governo.
Silêncio do doutor Edilson.
Silêncio, enfim.
De que natureza será esse silêncio?
É o silêncio do consentimento?
É o silêncio conveniente?
É a mistura dos dois?
Que silêncio é este, afinal?
5 comentários:
Silêncio dos que não tem o que responder ou que ainda estão em "reuniões" para combinar o quê responder.
exelente observação ! que situação ? será que este senhor não vai responder ? se não, será o silencio que diz tudo.
É o esquemão, só recebe do Estado quem investe na campanha do PT. Vão dizer? Nunca.
Tem o silêncio dos inocentes. Este é o silêncio dos indecentes.
"Há silêncios que podem, pura e simplesmente, indicar que o oponente está num nível tão inferior que não se deve dar atenção a ele".
Deverá, então, que o administrador público deverá responder a qualquer acusação fundamentada ou não que seja levantada a seu respeito?
Não restaria tempo para trabalhar, como bem vem fazendo o dr.edilson. Será que isso incomoda?
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