quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Trabalhadores rurais se comprometem a evitar atos violentos

No AMAZÔNIA:

Acabou, por volta das 20 horas de ontem, a reunião entre representantes do governo do Estado e do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). Entre outros pontos acordados, o MST se comprometeu a desmobilizar seus acampamentos e a não ocupar mais rodovias no Pará, nem investir contra o patrimônio de fazendas ocupadas, como forma de fazer avançar as negociações visando melhorias para os assentados.
'O acordo é uma vitória do governo, e deve trazer tranquilidade para as regiões sul e sudeste do Pará', afirmou o assessor da Casa Civil da Governadoria, Fábio Assunção, presente ao encontro.
O ouvidor Agrário Nacional, Gercino José da Silva, afirmou que 'a busca pela implementação da reforma agrária deve ser feita dentro da legalidade, sem matança e nem furto de gado, sem desmanchar cercas, sem armas, sem bloqueio de estradas, sem colocar fogo no pasto e sem cercear o direito de ir e vir dos trabalhadores das fazendas'.
Concordando com o ouvidor, o representante do MST, Eurival Martins de Carvalho, conhecido por 'Totô', declarou que o Movimento 'identificou algumas pessoas acampadas que praticam furtos e roubos, e os está entregando para que a Polícia Civil tome as medidas cabíveis.'
Processos - Na reunião, representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Instituto de Terras do Pará (Iterpa) se comprometeram a agilizar os processos que visam a retomada de terras públicas 'griladas', com o objetivo de criar novos assentamentos. O presidente do Iterpa, José Heder Benatti, citou o caso da Fazenda Peruano, localizada no município de Eldorado do Carajás, onde a parte pública pertencente ao Estado poderá ser transformada em assentamento estadual. Gercino da Silva se comprometeu a dialogar com a Justiça Federal para agilização deste caso.

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