domingo, 8 de novembro de 2009

Presos tentam fugir na Cremação, mas são contidos

No AMAZÔNIA:

Trinta e cinco presos tentaram fugir da seccional da Cremação ontem à tarde. Cinco deles conseguiram sair da delegacia, mas logo foram pegos pelos policiais. A tentativa de fuga aconteceu por volta de 15 horas, quando eles arrancaram as grades da cela, parte do telhado e mais dois vergalhões da janela. Para controlar a rebelião, foi necessário o apoio de três viaturas da Ronda Tática Metropolitana (Rotam) com 12 homens. Segundo o delegado Marco Antônio Duarte, eles queriam fugir no estilo 'cavalo doido', que consiste em uma fuga em que todos os presos correm ao mesmo tempo.
O delegado informou que os cinco presos que saíram da seccional eram os líderes do motim. Todos são criminosos de alta periculosidade e foram identificados como: Jorge Willians da Silva Tavares, David dos Santos Sacramento, Renato Abraão Barbosa Farias, João Paulo da Silva Salgado e Emerson Dantas Macedo, sendo este último traficante de drogas e os outros assaltantes.
Para dispersá-los, a Rotam teve que fazer um disparo de emergência de arma de fogo. Os líderes ficaram algemados a uma grade no hall da delegacia e os outros trinta sem roupas em uma outra sala, onde foi feita a vistoria dos presos. 'Os presos jogavam várias pedras em nossa direção, por isso o disparo também foi necessário', disse o cabo Álvaro Charone, da Rotam.
Os cinco serão autuados pelo crime de depredação do patrimônio público. O Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves foi acionado para avaliar as condições em que os presos deixaram a cela e, logo depois, uma empresa também foi chamada para fazer os reparos necessários. 'O sábado provavelmente foi escolhido para a fuga devido à diminuição no efetivo policial, que conta neste dia apenas com dois investigadores, um escrivão e um delegado', disse Marco Antônio Duarte.
Enquanto isso, os presos vão ficar isolados em uma das salas da seccional, sob a vigilância dos policiais. De acordo com o delegado da Cremação, dez presos serão transferidos para outras unidades policiais para diminuir a superlotação da delegacia, o que vai 'aliviar' a situação de desconforto da cela, provável motivo da rebelião.

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